Revista Cenarium traz balanço das ameaças e conquistas dos povos amazônicos em 2023

Reportagem especial na Revista Cenarium do mês de dezembro (Arte: Mateus Moura e Hugo Moura/Revista Cenarium Amazônia)
Marcela Leiros – Da Revista Cenarium Amazônia

MANAUS (AM) – A REDE CENARIUM AMAZÔNIA fechou 2023 com o lançamento da edição impressa da Revista Cenarium, intitulada “Amazônia: extremos, ameaças e conquistas”, trazendo um leque de reportagens sobre o ano em que a Amazônia e seus povos originários estiveram no centro do debate sobre preservação ambiental. Além de rememorar os principais acontecimentos, a edição aborda perspectivas para 2024.

O especial jornalístico número 42, lançado nesta segunda-feira, 1º, relembra fatos e casos de grande impacto na região, como a crise climática — El Niño e seca extrema —, incêndios florestais, grupos extremistas na Amazônia e a Reforma Tributária e seus impactos para a região.

“Tivemos um ano em que acordamos com gosto de fumaça na boca e presença de resíduos sólidos nos pulmões, gerados pelos incêndios florestais criminosos ocorridos principalmente em Manaus (AM), Belém
(PA) e Rio Branco (AC). Um ano que convivemos com ataques em terras indígenas (Roraima) e atentados aos guardiões da floresta (Rondônia, Acre e Pará)”
, relembra a diretora-geral da CENARIUM AMAZÔNIA, Paula Litaiff, no texto Identidade e Pertencimento, que integra o editorial do periódico.

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Manaus coberta por fumaça (Ricardo Oliveira/Revista Cenarium Amazônia)
Leia também: EDITORIAL – Identidade e pertencimento, por Paula Litaiff

A gestora de conteúdo impresso da CENARIUM AMAZÔNIA, Márcia Guimarães, explica que rever os acontecimentos é uma forma de adquirir aprendizados para o futuro. “Rever os principais acontecimentos do ano e repensar sobre eles é uma forma refletir sobre as lições e alertas que foram deixados, para tentar buscar mudanças que resultem em avanços no ano que entra“, afirma.

Guimarães ressalta, ainda, relevância da Amazônia tanto ao nível local como internacional, mencionando que a preocupação com a região deve ser algo intrínseco aos seus cidadãos. “Em 2023, a Amazônia esteve sempre no centro de alguns dos principais debates que estão em andamento sobre a preservação da humanidade na Terra, no Brasil e até internacionalmente, o que nos mostra o tamanho de nossa importância e responsabilidade, enquanto cidadãos amazônicos“, conclui.

Leia também: EDITORIAL – Viver insalubre, por Márcia Guimarães

A edição de dezembro da REVISTA CENARIUM AMAZÔNIA pode ser acessada aqui. A versão impressa da REVISTA CENARIUM pode ser adquirida neste link.

Impactos na Amazônia

Na retrospectiva, as reportagens “O retrato de um ano” e “Fatos que impactaram a Amazônia“, produzidas pela jornalista Camila Carvalho, trazem uma viagem a alguns dos principais assuntos na Amazônia, no ano passado.

Um ano atípico para o Brasil. Assim pode ser descrito 2023, que iniciou com uma série de atos golpistas, traduzidos como terrorismo em solo nacional, financiados por pessoas físicas e jurídicas que travaram uma empreitada contra a eleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e que finaliza com uma constatação que pode comprometer a cultura alimentar da Amazônia: a população amazônica está comendo peixes contaminados com metilmercúrio e microplásticos“, resume a jornalista.

Peixes da Amazônia estão contaminados por mercúrio (Arte: Mateus Moura/Rede Cenarium Amazônia)

As edições impressas da REVISTA CENARIUM, que abordaram os temas citados, também são lembradas. Entre eles estão: o impacto do garimpo na vida dos indígenas Yanomami, em Roraima; a crise habitacional na Amazônia e os desastres naturais na região; o artigo científico assinado por oito pesquisadores sobre desinformação na pandemia; entrevista exclusiva com a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva; a ebulição global; e a contaminação de peixes e rios pelo mercúrio usado no garimpo ilegal.

Editado por Yana Lima

Revisado por Gustavo Gilona

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