Em Mato Groso, taxa de analfabetismo é maior entre pessoas pretas, pardas e indígenas

Mato Grosso tem 164 mil pessoas que não conseguem ler ou escrever (Foto: Composição/Paulo Dutra/Revista Cenarium)
Davi Vittorazzi — Da Revista Cenarium

CUIABÁ (MT) Pessoas pretas, pardas e indígenas de Mato Grosso, com 15 anos ou mais, representam os maiores índices étnicos de analfabetos, segundo Censo de 2022, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O retrato das taxas dos mesmo grupos é semelhante nacionalmente.

Ao todo, Mato Grosso tem 164 mil pessoas que não conseguem ler ou escrever uma simples carta, nessa mesma faixa etária. A taxa de analfabetismo de pessoas brancas e amarelas é de 4,0% e de 2,4%, respectivamente. Enquanto pessoas pretas, pardas e indígenas, os índices são de 8,8%, 6,1% e 16,1%, respectivamente.

O grupo de 164 mil pessoas no Estado representa 5,81% da população que não sabe ler ou escrever. Já 94,19% dos mato-grossenses são considerados alfabetizados. Mato Grosso figura como o 10º Estado com menor índice de analfabetismo no ranking nacional.

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Todos índices de analfabetismo no Mato Grosso, assim como na tendência nacional, caíram. No Censo de 2010, a taxa de analfabetismo entre esses grupos tinha os percentuais de 8,1%, 3,8% e 25,6%, para pretos, pardos e indígenas, respectivamente. Atualmente, as taxas caíram para 4,8%, 2,1% e 12,1% para os mesmos grupos. Os indígenas tiveram a maior redução do índice de analfabetismo no período, que representa queda de 51,6%, em 22 anos.

Analfabetismo no país

De acordo com o resultado do Censo de 2022, 11,4 milhões de pessoas com 15 anos ou mais, não sabiam sequer ler e escrever um bilhete simples, representando 7% da população. Enquanto o nível de alfabetizado soma 163 milhões de pessoas, o mesmo que 93% dos brasileiros.

Em relação à taxa de analfabetismo de pessoas por cor ou raça, as pessoas brancas e amarelas, com 15 anos ou mais, apenas 4,3% e de 2,5%, respectivamente, não sabiam ler e escrever no País. Enquanto a taxa de analfabetismo de pretos, pardos e indígenas, da mesma idade, era de 10,1%, 8,8% e 16,1%, respectivamente.

Segundo o IBGE, a distância na taxa de analfabetismo entre a população branca e as populações preta, parda e indígena era maior em 2010, quando registrava 8,5% 7% e 17,4% para cada grupo, respectivamente. Atualmente, a população branca tem vantagem de alfabetizados em todos os grupos etários no país.

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Editado por Aldizangela Brito
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