Início » Poder » Em meio à crise de confiança, Governo Lula nomeia 121 novos militares para o GSI
Em meio à crise de confiança, Governo Lula nomeia 121 novos militares para o GSI
Palácio do Planalto foi vandalizado por apoiadores de Bolsonaro, que enfrentaram pouca resistência das forças de segurança - (Gabriela Biló/Folhapress)
Compartilhe:
30 de janeiro de 2023
Da Revista Cenarium*
MANAUS – O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nomeou nesta segunda-feira, 30, 121 militares para o Gabinete de Segurança Institucional (GSI), revertendo a série de dispensas no órgão que se seguiram aos atos golpistas de 8 de janeiro
Ou seja, na prática, o Governo Lula indica que vai realizar uma substituição dos militares que atuaram no GSI durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e não propriamente uma desmilitarização do órgão, como chegou a ser cogitado.
Além dessas trocas, houve a nomeação de um tenente da Aeronáutica para a Secretaria Extraordinária de Segurança Imediata do presidente da República, em seu gabinete pessoal. E outros dois militares foram dispensados dessa mesma secretaria.
PUBLICIDADE
As designações dos 122 militares foram publicadas nesta segunda-feira, 30, no Diário Oficial da União.
O Governo Lula havia iniciado uma série de dispensas de militares que atuavam dentro do Palácio do Planalto, incluindo a presidência, a vice-presidência e o próprio GSI. Essas ações foram intensificadas após a manifestação golpista, na qual os apoiadores de Jair Bolsonaro avançaram contra as forças de segurança e invadiram e vandalizaram o Planalto, o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal.
Em apenas uma semana, foram 84 militares dispensados de seus cargos no Planalto, a maior parte no GSI. Lula também trocou o número 2 do órgão. Foi exonerado do cargo o general bolsonarista Carlos José Russo Assumpção Penteado, que era considerado homem de confiança do ex-chefe do GSI no governo Jair Bolsonaro (PL), o general Augusto Heleno.
Em seu lugar, assumiu a secretaria-executiva do GSI o general Ricardo José Nigri, que já foi oficial de gabinete do ex-comandante do Exército Eduardo Villas Bôas.
Os novos nomeados para o GSI irão todos atuar na segurança de Lula, mais especificamente na Secretaria de Segurança e Coordenação Presidencial do órgão. Serão nove militares que atuaram como supervisores, 28 como assistentes, 23 como secretários e 57 como especialistas.
O GSI e o seu chefe, o general Gonçalves Dias, tornaram-se alvo de crítica de aliados por causa da facilidade com que os militares golpistas entraram e vandalizaram o Palácio do Planalto. O ministro da Defesa, José Múcio, também foram criticados por petistas. A sequência de desconfianças envolvendo os militares levaram à queda do comandante do Exército, general Júlio César Arruda.
As desconfianças com o GSI, órgão que se tornou muito atrelado ao presidente na gestão Bolsonaro, vinha desde a época da atuação do gabinete de transição. Na ocasião, ficou decidido que a segurança pessoal de Lula passaria do órgão para a Polícia Federal.
Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site. Se achar algo que viole os termos de uso, denuncie. Leia as perguntas mais frequentes para saber o que é impróprio ou ilegal.
Este site usa cookies para que possamos oferecer a melhor experiência de usuário possível. As informações dos cookies são armazenadas em seu navegador e executam funções como reconhecê-lo quando você retorna ao nosso site e ajudar nossa equipe a entender quais seções do site você considera mais interessantes e úteis.
Cookies Estritamente Necessários
O cookie estritamente necessário deve estar ativado o tempo todo para que possamos salvar suas preferências de configuração de cookies.
Se você desativar este cookie, não poderemos salvar suas preferências. Isso significa que toda vez que você visitar este site, precisará habilitar ou desabilitar os cookies novamente.