Da Revista Cenarium*
BRASÍLIA – Em reunião com um grupo de senadores, o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, admitiu alterar a Portaria 2.282, de 2020, do Ministério, que trata da realização do aborto no Sistema Único de Saúde (SUS). Entre as regras estão a tomada de depoimento da vítima pela equipe médica, que deverá enviá-lo à polícia junto com evidências materiais do crime, colhendo, inclusive, a assinatura da vítima. O ministro afirmou que vai analisar as sugestões dos parlamentares para alterar a portaria.
O senador Rogério Carvalho (PT-SE), que pediu a audiência com o ministro, anunciou que uma das mudanças necessárias é a obrigação da realização de ultrassom. Ele criticou a transferência de papel de polícia aos profissionais de saúde.
Ao defender a portaria, o senador Eduardo Girão (Podemos-CE) negou que a norma impeça ou dificulte o aborto legal por permitir a investigação do caso a partir da notificação dos médicos, que, em sua opinião, vai facilitar a identificação de estupradores.
Paralelamente, tramita no Senado projeto de decreto legislativo do senador Humberto Costa (PT-PE), que susta a norma do Ministério da Saúde (PDL 386/2020). Saiba mais na reportagem de Hérica Christian, da Rádio Senado.
Opiniões divididas
Em tempos de um Brasil polarizado, temas considerados tabus, ganham as redes sociais e descortinam o que, de fato, pensam líderes políticos, profissionais da saúde e do direito além, claro, do “cidadão comum”.
Entre esses temas está o aborto. A reportagem da REVISTA CENARIUM conversou com personalidades ligadas à política, antropologia e psicologia e com religiosos para saber qual o entendimento que se tem sobre o tema tão espinhoso.
(*) Com informações da Agência Senado
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