Adestramento de cães é opção para tornar pets mais calmos, menos ansiosos e estressados

O veterinário conta que a principal dificuldade no adestramento é convencer os tutores a desenvolver uma rotina saudável (Foto: Arquivo Pessoal)

Malu Dacio – Da Revista Cenarium

MANAUS — Você tem sentido seu cãozinho ansioso, destrutivo e até mesmo agressivo? Os motivos para tal comportamento podem ser inúmeros. Desde ansiedade por separação, até insegurança ou medo podem ser os motivos para conduta do seu pet.

Há mais de 22 anos atendendo animas na capital amazonense, Fábio Gato Lopes, 42, é médico veterinário, treinador de cães e especialista em Comportamento animal. Para Gato, o adestramento é indicado principalmente para tornar os cães mais calmos, menos ansiosos e estressados, destruidores ou até mesmo agressivos.

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“Não existe um requisito para que um cão seja adestrado. É uma necessidade que cada lar, ambiente ou pessoas precisam para se comunicar por meio de sons verbais, odores, luzes ou gestos para que o cão possa exercer a função ou não para qual foi adestrado”, explica. Um exemplo do caso é o adestramento para auxiliar um deficiente visual, um cadeirante ou somente para companhia.

O veterinário conta que a principal dificuldade no adestramento é convencer os tutores a desenvolver uma rotina saudável, com enriquecimento ambiental para satisfazer as necessidades naturais dos cães.

Fábio disse que algumas raças são um pouco mais difíceis de adestrar, como: Chow-Chow, Sarpei, Akita, e Buldogue Inglês.

Investimentos em adestramento

Adam de Souza Melo, de 24 anos, explica que adestramento é a padronização de comportamento. “Mesmo o cão mal-educado tem o que pode ser chamado de adestramento reverso, com comportamentos indesejados, mas ainda assim é um adestramento. A função do adestrador é justamente trabalhar na família que o cão está, inserindo novas posturas, novos hábitos para que o cão tenha resultados sadios e com a mudança de comportamento dos humanos, assim o cachorro assimila a maneira correta de se comportar”, conta.

Aos 24 anos, Adam Melo se dedica a cuidar e ensinar pets. (Foto: Arquivo Pessoal)

Para Adam, a maior dificuldade para o adestramento é a falta de conscientização. Muitas vezes só é procurada a ajuda profissional quando o cão já possui hábitos que danificam ou prejudicam a vida da pessoa.

O adestrador conta que em alguns casos, o profissional só é procurado depois que o cão já destruiu algum móvel, faz necessidades em locais inadequados para chamar atenção, permanece o dia inteiro latindo ou chorando quando os donos saem.

“Se houvesse uma preocupação em entender as necessidades básicas do cão, evitaria uma série de problemas, e isso sem contar os casos extremos de cães violentos que dependendo do tamanho da raça pode significar um risco a vida”, disse Melo.

Adam conta que começou os estudos no mundo do adestramento aos 13 anos de idade. “Foi com uma cadela da família, então treinar cães foi algo que tive o contato muito cedo. Com o passar do tempo, fui fazendo cursos profissionalizantes específicos de comportamento e terapia canina, em seguida, criei a empresa Academia Canina O.P.”, conta.

E para os interessados em entrar nesse mundo, o jovem dá dicas:

Existem cursos profissionalizantes on-line e presencial que buscam profissionais qualificados e estudam assuntos teóricos de maneira prática. “O pré-requisito para treinar um cão é ter consciência que está lidando com um ser vivo que também tem necessidades básicas, vai exigir tempo, paciência e força de vontade. Ter um cachorro não é para ser um problema na vida de ninguém. Na verdade, cão é uma das melhores raças de animais que serve para o companheirismo”, finaliza.

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