Estação de metrô em SP vai ter nome de professora morta em escola

A homenagem aconteceu após um aluno e um representante do Grêmio Estudantil terem entregue um abaixo-assinado ao governador Tarcísio de Freitas (Reprodução/Redes Sociais)
Da Revista Cenarium*

SÃO PAULO – O governo paulista vai mudar o nome da estação Vila Sônia, da linha 4-amarela do metrô, para homenagear a professora Elisabeth Tenreiro, 71. Ela foi morta a facadas por um aluno de 13 anos, na Escola Estadual Thomázia Montoro, Zona Oeste de São Paulo, no dia 27 do mês passado. A estação passa a se chamar Estação Vila Sônia – Professora Elisabeth Tenreiro. A medida consta no Diário Oficial deste sábado, 15. Porém, não há prazo para que a concessionária responsável por administrar a linha mude o nome da estação.

A estação Vila Sônia é a mais próxima do colégio que foi alvo do ataque. Na última segunda-feira, 10, as aulas foram retomadas, na escola, depois de duas semanas de recesso. Outras cinco pessoas também foram feridas no ataque.

A homenagem aconteceu após um aluno e um representante do Grêmio Estudantil terem entregue um abaixo-assinado ao governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) com o pedido de homenagem à professora.

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Em nota, a ViaQuatro, responsável pela linha 4-amarela, afirma que cumprirá a determinação do novo decreto do governo. Segundo a empresa, a nova determinação já entrou em vigor na sexta-feira, 14, e a identificação visual na estação será implementada nos próximos dias.

O ataque

Câmeras de segurança registraram o episódio. O adolescente usava uma máscara de caveira, entrou correndo na sala de aula e partiu para cima de Elisabete, que estava em pé. A docente, que não percebeu a aproximação do aluno, foi atingida nas costas e caiu no chão. Em desespero, alunos tentaram sair da sala, e alguns foram atacados pelo estudante.

Um segundo vídeo mostra o adolescente atingindo outra professora. Ele desfere vários golpes na mulher, que está em pé e tenta se proteger com os braços. Duas mulheres entram na sala, e uma delas consegue imobilizar o adolescente, enquanto a outra retira a faca das mãos dele.

A Justiça determinou a internação provisória do autor do crime. Ao longo de um mês, sinais que apontavam para uma tragédia iminente ficaram registrados num Boletim de Ocorrência (B.O), no seu atendimento por serviços de saúde mental, em mensagens na internet e brigas na escola.

Exatamente um mês antes do ataque, a Promotoria de Justiça de Taboão da Serra recebeu um ofício relatando o comportamento do aluno, que estudava, então, na escola estadual José Roberto Pacheco, em Taboão da Serra, na Grande São Paulo. No dia 28 de fevereiro, uma funcionária da escola de Taboão da Serra fez um boletim de ocorrência relatando comportamento suspeito e ameaças a alunos, com fotos do agressor portando uma arma.

O documento foi encaminhado ao 1° Distrito Policial da cidade, que chama testemunhas para depor e notifica a Vara da Infância e Juventude e o Conselho Tutelar do município. No mesmo dia, a escola enviou um e-mail para o Centro de Atenção Psicossocial Infantojuvenil (CAPSi) solicitando acolhimento do adolescente. A unidade disponibilizou um técnico para o atendimento, mas mãe e filho não compareceram.

(*) Com informações da Folhapress
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