Estudo indica que vacina Sputnik V é efetiva contra a variante P.1

A variante P.1 se espalhou pelo Brasil e foi duramente atingida pela América Latina (Alejandro Pagni/AFP)

Com informações do O Globo

BUENOS AIRES – A vacina russa contra a Covid-19 Sputnik V é altamente efetiva no combate e neutralização da variante do coronavírus descoberta pela primeira vez no Brasil, a P.1, de acordo com o Fundo de Investimento Direto da Rússia (RDIF) e um estudo realizado por pesquisadores na Argentina.

O estudo foi realizado pelo Instituto Dr. Vanella de Virologia da Universidade Nacional de Córdoba (UNC) e apontou que 85,5% dos indivíduos analisados desenvolveram anticorpos contra a variante 14 dias após receberem a primeira dose do imunizante. Essa taxa aumentou para quase 100% com cerca de 42 dias após aplicação de duas doses da vacina.

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A variante P.1 se espalhou pelo Brasil e pela duramente atingida América Latina. Cientistas no Brasil descobriram que as mutações podem torná-la mais resistente a anticorpos, aumentando a preocupação internacional sobre seu potencial de tornar os imunizantes menos eficazes.

O estudo com base na Argentina, no entanto, encontrou uma forte resposta imunológica contra a variante nos vacinados com a Sputnik V.

“O estudo confirmou que a imunidade desenvolvida em pessoas vacinadas com a ‘Sputnik V’ neutraliza a cepa brasileira após terem recebido duas doses, e mesmo após a primeira”, informou o RDIF, em nota.

Rogelio Pizzi, reitor da Faculdade de Ciências Médicas da UNC, destacou que o estudo mostrou que a vacina russa inibe com sucesso a variante.

“Os resultados são excelentes. A vacina funciona para esta cepa”, afirmou Pizzi, acrescentando que o Instituto de Virologia da UNC também está conduzindo estudos sobre a cepa detectada originalmente no Reino Unido.

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