Vacina Sputnik V chega em uma semana ao Brasil e será usada no Nordeste com restrições

Frascos da vacina Sputnik V (Ted Aljibe/AFP)

Com informações do O Globo

SÃO PAULO – A novela que envolve o uso da Sputnik V no Brasil está próxima de ganhar um novo capítulo. Em uma semana deverão desembarcar no Recife 1,1 milhão de doses da vacina russa contra a Covid-19 que irão iniciar finalmente o uso do imunizante no País.

Da capital pernambucana, as vacinas seguirão para os demais Estados do Consórcio Nordeste (Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe), autorizados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) a importar os antígenos.

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Eles chegam por meio do processo batizado de “importação excepcional e temporária”. Um outro lote, com aproximadamente 600 mil doses, será encaminhado para Estados do Norte, ainda sem prazo determinado para chegar.

“Aplicaremos as primeiras doses em, no máximo, uma semana após a chegada da vacina. E, vinte e um dias depois, a segunda dose. Com isso, teremos a análise de imunização mais cedo”, diz Wellington Dias (PT), governador do Piauí e presidente do Consórcio Nordeste.

Na prática, a Sputnik V será incorporada à imunização desses Estados de maneira controlada, com estudo de sua segurança e eficácia. A avaliação de efetividade — que é o quanto a vacina protege para desdobramentos do coronavírus — ficará a cargo do infectologista Julio Croda, do grupo Vebra Covid-19.

Vacinação em massa

Com uma quantidade equivalente a 1% da população de cada Estado, a entrada da Sputnik V não será capaz de acelerar substancialmente os processos de imunização locais. Mas a experiência, inédita no País, possibilitará a cada Estado escolher a forma de uso da vacinação com o imunizante russo.

Está prevista, por exemplo, a imunização em massa de ao menos toda uma cidade, como ocorreu em Botucatu e Serrana, em São Paulo. Trata-se de Sousa, na Paraíba, com 69 mil habitantes. O estudo foi confirmado ao GLOBO pelo pesquisador do grupo Vebra Covid-19 Julio Croda, responsável por avaliar a eficiência em proteção da Sputnik V no Nordeste.

O governo da Paraíba, porém, não confirma a informação e diz que outros imunizantes são cotados para uso no estudo. A vacina deverá ser aplicada após passar por análise preliminar no Instituto Nacional de Controle de Qualidade, ligado à Fiocruz. Integrantes do Consórcio acreditam que esta análise ocorra em uma semana. Qualquer efeito adverso será informado em até 24 horas à Anvisa.

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