Ex-chefe do MP-AM, Leda Mara vai a Brasília para articular apoio para vaga no STJ

A promotora de Justiça Leda Mara (Divulgação/MP-AM)
Karina Pinheiro – Da Revista Cenarium

MANAUS (AM) – A promotora e ex-procuradora-geral de Justiça (PGJ) do Ministério Público do Amazonas (MP-AM) Leda Mara Albuquerque afirmou à REVISTA CENARIUM que viajará para Brasília para articular apoio político para a disputa da vaga de ministra do Superior Tribunal de Justiça (STJ) por meio da lista sêxtupla.

Na disputa interna no MP-AM, a promotora foi a mais votada, com 99 votos, pelo Conselho Superior do Ministério Público (CSMP) no Amazonas, desbancando o atual procurador-geral Alberto Rodrigues Nascimento Junior, que recebeu 36 votos.

Leda ocupou o cargo de procuradora-geral de Justiça no terceiro mandato do ex-governador Amazonino Mendes, à época, no PDT.

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“Agora, entrarei de férias e irei me dedicar à articulação para que tudo dê certo. Estarei indo para Brasília para conversar com os ministros, me apresentar para eles e mostrar um pouco da minha trajetória“, disse Leda.

A promotora de Justiça Leda Albuquerque Mara (Raphael Alves/MP-AM)

A abertura da vaga no STJ se deu após a ministra Laurita Vaz, primeira mulher a presidir o STJ, se aposentar em outubro do ano passado por atingir a idade limite do cargo.

“É uma luta difícil, uma luta árdua, porque vamos estar lutando com o Brasil todo. É uma luta boa. Então, tem nomes muito valorosos, membros do MPF brasileiro vão estar nessa disputa”, apontou Leda.
Entre a disputa, estão nomes como o da ex-procuradora-geral da República, Raquel Dodge, Artur de Brito Gueiros Souza (PGR), Paulo de Souza Queiroz (PGR), Marcelo Antonio Ceara Serra Azul (PRR1), dentre outros.

De acordo com Leda Mara, a importância da escolha de seu nome para participar da disputa é de sensação legitimada. “Sou do Ministério Público há 28 anos, professora da Universidade Federal do Amazonas há 32 anos, já fui chefe da minha instituição, aqui, de 2018 a 2020, secretária-geral, subprocuradora para assuntos administrativos… eu penso que essa trajetória me legitima a concorrer, a disputar, por que não?”, contou.

“O nosso Estado precisa começar a mostrar o seu rosto. No Amazonas, nós temos várias figuras do mundo jurídico com muito conhecimento, com muita competência. Essa visibilidade, ela tem que estar presente para que a gente possa também ocupar espaço, não só como amazônidas, mas também como mulher. Acho que isso importa muito”, afirmou.

A lista sêxtupla de composição do Superior Tribunal de Justiça (STJ) é formada pela escolha de nomes do Ministério Público de cada Estado para, posteriormente, ser escolhido seis nomes do MPF e listas sêxtuplas de cada um dos Ministérios Públicos dos Estados.

A lista sêxtupla é organizada pelo critério de antiguidade dos membros do Ministério Público. Os ministros do STJ vão escolher os candidatos para formar a lista tríplice que será encaminhada ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que irá escolher um nome e indicá-lo para sabatina no Senado.

Leia mais: Dois amazonenses colocam nomes à disposição para concorrer vaga no STJ
Editado por Jefferson Ramos
Revisado por Adriana Gonzaga
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