Exército antecipa posse de novo comandante em meio a tensão de acampamentos bolsonaristas

Júlio Cesar de Arruda, indicado por Luiz Inácio Lula da Silva para comandar o Exército (Ten. Ferrentini / Comando Militar do Leste)
Ívina Garcia – Da Revista Cenarium*

MANAUS – O novo comandante do Exército Brasileiro, general Julio Cesar de Arruda, assumirá o cargo na sexta-feira, 30, dois dias antes da posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da SIlva (PT). Indicado pelo futuro presidente, Arruda tem como principal desafio mediar o aumento de tensão dos manifestantes em Brasília.

Existe ainda a possibilidade da posse do comandante da Marinha do Brasil ser antecipada para o dia 28 ou 29 de dezembro, com o nome de Marcos Sampaio no lugar do comandante de esquadra Almir Garnier Santos.

A Polícia Civil do Distrito Federal apura que ocorreram preparativos no acampamento pró-Bolsonaro para o atentado à bomba no aeroporto de Brasília, impedido pela ação da Polícia Federal, que culminou na prisão do empresário George Washington de Oliveira Sousa, 54, no último dia 24 de dezembro.

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Conforme relatos do delegado responsável pelo caso, George confessou que planejou a ação com companheiros do acampamento para chamar atenção de apoiadores de Jair Bolsonaro (PL), contra a eleição de Lula.

A ação orquestrada causou comoção pública, principalmente na base aliada de Lula que vê riscos de mais atos terroristas nos próximos dias. Com a posse de Arruda, o que se espera é uma posição mais dura, para cessar com o acampamento no Quartel-General do Exército, que já dura quase dois meses.

Além da tentativa frustrada no aeroporto, no dia 23 de dezembro, a polícia foi acionada após uma ameaça de bomba em um ônibus na região central, na Asa Sul. No dia 25, diversos explosivos (totalizando cerca de 40 kg) foram encontrados no Gama, região a cerca de 40 km do centro.

No dia 12 de dezembro, data da diplomação de Lula, após a prisão de um suposto líder indígena, militantes bolsonaristas iniciaram atos de vandalismo por Brasília. Tentaram invadir a sede da Polícia Federal, no começo da Asa Norte, área nobre de Brasília, atearam fogo em carros, ônibus, quebraram uma delegacia, entre outros atos de extremismo.

(*) Com informações do Metrópoles

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