FBI vai ajudar na investigação do assassinato de Fernando Villavicencio no Equador

O candidato à presidência do Equador, Fernando Villavicencio (Reprodução/Internet)
Da Revista Cenarium Amazônia*

BRASÍLIA (BSB) – Um grupo de agentes do FBI, departamento federal de investigação dos Estados Unidos, deve chegar nesta sexta-feira, 11, ao Equador. Segundo o presidente equatoriano, Guillhermo Lasso, a direção da agência, equivalente norte-americana à Polícia Federal brasileira, aceitou pedido para ajudar nas apurações do assassinato do candidato presidencial Fernando Villavicencio.

“Solicitei o apoio do FBI à investigação do assassinato do candidato presidencial Fernando Villavicencio. A Agência Federal de Investigação e Inteligência dos Estados Unidos aceitou nosso pedido e, nas próximas horas, uma delegação chegará ao País”, informou Lasso, em suas redes sociais, na quinta-feira, 10.

Villavicencio, 59 anos, foi morto a tiros na quarta-feira, 9, a 12 dias do primeiro turno das eleições presidenciais. O candidato do Movimento Construye se despedia de seus apoiadores após participar de um ato de campanha em Quito, quando homens fortemente armados se aproximaram atirando. Ao menos mais nove pessoas foram feridas no atentado, entre elas um candidato a deputado e três seguranças de Villavicencio.

PUBLICIDADE
Fernando Villavicencio, candidato à presidência do Equador, morto na quarta-feira, 9 (Reprodução/Redes Sociais)

O Ministério Público já denunciou seis suspeitos de participação no crime, detidos logo após o atentado. Segundo a Promotoria, os seis acusados são colombianos e, contra eles, já foram reunidas várias provas e indícios da participação, incluindo imagens de câmeras de segurança e uma impressão digital encontrada em uma motocicleta abandonada por um dos acusados.

No local do crime, peritos recolheram um fuzil e farta munição. Especialistas da equipe antibomba da polícia detonaram uma granada que os criminosos lançaram contra os seguranças de Villavicencio.

Ex-dirigente sindical, Villavicencio tornou-se jornalista e ficou conhecido por denunciar casos de corrupção e atuação do crime organizado no País. Em 2021, elegeu-se deputado federal de oposição ao ex-presidente Rafael Correa. Acusado de difamar Correa, foi condenado a 18 meses de prisão. Escapou para o Peru, na condição de perseguido político, e só retornou ao Equador após Correa deixar a presidência. Ameaçado de morte, passou a deslocar-se com proteção policial.

Villavicencio ocupava o quinto lugar na corrida eleitoral, segundo recentes pesquisas de opinião pública. Suas propostas de governo incluíam o combate às organizações criminosas – a exemplo de outros candidatos que, de olho nas pesquisas, identificaram a preocupação dos eleitores com os crescentes índices de criminalidade e com a sensação de insegurança. O primeiro turno das eleições presidenciais equatorianas está marcado para ocorrer no próximo dia 20.

Leia também: Após assassinato de presidenciável, candidata à Assembleia do Equador sofre ataque
(*) Com informações da Agência Brasil
PUBLICIDADE

O que você achou deste conteúdo?

Compartilhe:

Comentários

Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site. Se achar algo que viole os termos de uso, denuncie. Leia as perguntas mais frequentes para saber o que é impróprio ou ilegal.