Flávio Bolsonaro diz que TSE restringir porte de armas no dia das eleições é ‘ignorância’ e ‘retórica inútil’

O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) (Antonio Molina/Fotoarena)
Com informações do Infoglobo

BRASÍLIA – O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) disse nesta terça-feira, 30, que será uma “ignorância” e “retórica inútil” do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) a imposição de limites para o porte de armas no dia das eleições.

O tema vai ser analisado pelo plenário da Corte Eleitoral na noite desta terça-feira, 30.

Na avaliação do filho do presidente Jair Bolsonaro, um entendimento que restrinja a circulação de armas, no dia das eleições, servirá para causar “algum tipo de atrito” com o atual ocupante do Palácio do Planalto, árduo defensor da ampliação do acesso a armas de fogo.

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“Eu acho que é uma ignorância. Aí você vai colocar em risco várias pessoas. É que, além de o cidadão ter o porte de arma autorizado pela legislação brasileira para se defender, o bandido, sabendo que vai estar todo mundo desarmado, pode praticar mais assaltos”, disse Flávio ao participar de evento no Conselho Nacional de Justiça (CNJ) que marcou a posse do ministro Luis Felipe Salomão como novo corregedor nacional de Justiça.

“É uma retórica inútil e mais uma vez, para tentar causar algum tipo de atrito com Bolsonaro, que sabidamente é um defensor de armas para os cidadãos de bem”, frisou Flávio.

Parlamentares da oposição querem que seja proibida a circulação de pessoas portando armas e a entrada nos locais de votação e seções eleitorais apenas nos dias do primeiro turno (2 de outubro) e do segundo turno (30 de outubro).

Os parlamentares da oposição querem que seja proibida a circulação de pessoas portando armas e a entrada nos locais de votação e seções eleitorais, apenas, nos dias do primeiro turno (2 de outubro) e do segundo turno (30 de outubro).

Os parlamentares pediram ao TSE que só seja permitido o porte de armas aos membros das Forças de Segurança, que estejam em serviço no dia da eleição.

A equipe da coluna apurou que a tendência é a de impor alguma restrição ao porte de armas, mas integrantes da Corte ainda divergem sobre a extensão dessa restrição.

Um dos pontos avaliados, reservadamente, nos bastidores, ao longo dos últimos dias, é se a restrição deve valer apenas para o dia da votação, como foi pedido pelos partidos, ou se estender para todo o final de semana, por exemplo.

Preocupado com a segurança do pleito, o presidente do TSE, Alexandre de Moraes, tem sinalizado ser a favor de impor mais limites. Já o vice-presidente da Corte, Ricardo Lewandowski – que é o relator do caso – tem demonstrado defender uma restrição mais pontual.

Em reunião com vinte três comandantes de polícias militares estaduais, na semana passada, Moraes discutiu questões como a segurança dos mesários e a eventual restrição ao porte de armas, bem como ao treinamento e transporte de armas pelos CACs no dia das eleições.

Independentemente do desfecho do julgamento, uma outra dúvida deve permanecer: como controlar o ingresso de armas aos locais de votação?

O País tem mais de 500 mil seções eleitorais e, usar detector de metais em todas elas é uma tarefa impossível, por questões logísticas.

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