Fluminense vence confronto contra Al Ahly e vai à decisão do Mundial de Clubes

Mural de imagens com momentos dos atletas do Fluminense Futebol Clube (Reprodução/Redes Sociais)
Da Revista Cenarium Amazônia*

SÃO PAULO (SP) – Em sua estreia no Mundial de Clubes da Fifa, o Fluminense afastou a armadilha das semifinais que assombra as equipes sul-americanas e venceu o confronto contra o Al Ahly, do Egito, por 2 a 0, em partida realizada nesta segunda-feira, 18, no estádio King Abdullah Sports City, em Jedá, na Arábia Saudita.

O primeiro tempo contou com jogadas de perigo de ambos os lados, com o Fluminense pressionando no campo do adversário e acertando a trave duas vezes com Jhon Arias, enquanto o time egípcio se valeu, principalmente, de jogadas de contra-ataque conduzidas pelo atacante El Shahat, com intervenções importantes do experiente arqueiro Fábio que impediram o gol do Al Ahly.

O primeiro gol da partida saiu apenas aos 25 minutos do segundo tempo, após o lateral esquerdo Marcelo ser derrubado dentro da área pelo atacante sul-africano Percy Tau. Na cobrança, Arias bateu firme no canto direito, sem dar chance de defesa para o goleiro El-Shenawy.

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Aos 44 minutos da etapa final, o atacante John Kennedy recebeu passe do volante Martinelli na entrada da área e ampliou o placar com um chute cruzado de pé esquerdo, sacramentando a classificação do Fluminense para a final.

Após o apito final, o técnico Fernando Diniz afirmou que os jogadores do Fluminense tiveram um desempenho um pouco abaixo do que poderiam desempenhar no primeiro tempo, por se tratar de uma competição de nível mundial.

Mural de fotos com momentos do time (Reprodução/@fluminensefc/Redes Sociais)

“O Al Ahly valorizou muito nossa vitória”, afirmou o treinador, acrescentando que o time egípcio é muito bem treinado e não passou à toa às semifinais, ao bater nas quartas-de-final o estrelado elenco do saudita Al-Ittihad.

O Tricolor das Laranjeiras aguarda, agora, a definição do adversário na final. Na outra semifinal do torneio, nesta terça-feira, 19, o campeão europeu, Manchester City, debuta no Mundial contra o Urawa Red Diamonds do Japão. O campeão asiático se credenciou para enfrentar o clube inglês ao derrotar na fase anterior o time mexicano do León.

O técnico do Fluminense afirmou que o Manchester City é uma das maiores equipes do mundo no cenário atual do futebol internacional, mas ponderou que não é possível descartar as chances do time japonês, campeão da Liga dos Campeões da Ásia. “Se não jogar com muita seriedade, tudo pode acontecer”.

Se o Manchester City confirmar o favoritismo contra o time japonês e passar para a final, os torcedores poderão acompanhar o aguardado duelo de estratégias entre Fernando Diniz, que também é o treinador interino da seleção brasileira, conhecido por valorizar o toque e a posse da bola, e o espanhol Guardiola, responsável por difundir há anos um estilo de jogo semelhante nos principais clubes da Europa e considerado um dos maiores treinadores de sua geração.

O técnico espanhol, inclusive, já demonstrou curiosidade a respeito do estilo de jogo do atual treinador da seleção brasileira.

“Gostaria de saber”, respondeu Guardiola, ao ser questionado, recentemente, sobre a tática “aposicional” defendida por Diniz, segundo a qual os jogadores não precisam seguir uma posição fixa durante toda a partida, com liberdade para se movimentar pelo campo. “A próxima vez que nos vermos, talvez ele possa me contar [a respeito da tática aposicional]”, acrescentou o ex-meia espanhol.

Diniz, ao participar de um programa no SporTV, no ano passado, chegou a comentar sobre as comparações entre o estilo de jogo de seus times com o do treinador do City.

Jogadores do Fluminense Futebol Clube (Reprodução/@fluminensefc/Redes Sociais)

“Por conta de gostar de ter a bola, as pessoas me associam ao Guardiola. Mas a maneira dele ter a bola é o oposto da minha”, afirmou o técnico do Fluminense. Diniz explicou que, nos times treinados pelo espanhol, os jogadores têm posições fixas bastante delimitadas dentro de campo, enquanto ele busca uma formação mais fluída.

A final da competição está prevista para a próxima sexta-feira, 22, às 15h (horário de Brasília), com transmissão pela Globo, na TV aberta. Globoplay, ge, Cazé TV (YouTube) e Fifa+ (streaming) também transmitem a decisão.

A última vez que um time brasileiro chegou à final da competição foi na edição de 2021, quando o Palmeiras foi derrotado pelo Chelsea por 2 a 1. A última conquista foi em 2012, quando o Corinthians bateu o mesmo Chelsea por 1 a 0, com gol do peruano Paolo Guerrero.

São Paulo (2005, contra o Liverpool) e Internacional (2006, contra o Barcelona) também venceram o mundial da Fifa no formato atual.

Neste domingo, 17, a entidade do futebol anunciou que, a partir de 2024, o mundial de clubes no modelo vigente passa a se chamar Copa Intercontinental, com um formato ampliado com 32 clubes estreando a partir de 2025.

Essa foi a segunda partida entre Fluminense e Al Ahly, que já se enfrentaram em 1961, em amistoso no Cairo que terminou com a vitória do time brasileiro por 2 a 1, com gols de Waldo e Telê Santana.

O time egípcio tem um histórico de confronto contra times brasileiros pelo Mundial. Em cinco partidas na competição em que enfrentou equipes do Brasil antes do confronto desta segunda-feira, perdeu quatro (Inter, em 2006; Corinthians, em 2012; Palmeiras, em 2021; e Flamengo, em 2022), e ganhou uma, em 2020, quando bateu o Palmeiras na disputa por pênaltis pela definição do terceiro lugar.

Os campeões africanos nunca chegaram à decisão, tendo como melhor resultado na competição o terceiro lugar em três ocasiões (2006, 2020 e 2021). Times da África chegaram à final duas vezes: em 2013, o Raja Casablanca, do Marrocos, foi vice-campeão, ao ser derrotado pelo Bayern na decisão. Na ocasião, os marroquinos eliminaram o Atlético-MG, na semifinal. Em 2010, o Mazembe chegou à final contra a Inter de Milão, após derrotar o Internacional.

Leia mais: Fluminense derrota Boca Juniors por 2 a 1 e vence Libertadores pela primeira vez
(*) Com informações da Folhapress
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