Fora do Oscar 2023, veja lista de filmes do Brasil que já foram indicados para premiação

Atriz Fernanda Montenegro concorreu na categoria de 'Melhor Atriz' pelo filme 'Central do Brasil' (Divulgação)
Da Revista Cenarium*

SÃO PAULO – “Marte Um” não conseguiu um lugar na disputa de melhor filme estrangeiro e o Brasil ficou de fora do Oscar deste ano.

O País, no entanto, tem uma longa trajetória na premiação, que começou em 1945, quando Ary Barroso foi indicado a melhor canção original por uma composição para o musical “Brasil” — ironicamente, americano. A faixa perdeu para “Going My Way”, do filme “O Bom Pastor”.

‘Marte Um’ ficou de fora da disputa pelo ‘Melhor Filme Estrangeiro’ na edição deste ano (Divulgação)

Foram necessários 15 anos para o País voltar à premiação. “Orfeu Negro”, baseado na peça “Orfeu da Conceição”, de Vinícius de Moraes, garantiu a primeira estatueta para um filme em língua portuguesa premiado pelo Oscar, mas não a primeira brasileira.

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O filme foi coproduzido por Brasil, França e Itália e concorreu representando a França, vencendo na categoria de filme estrangeiro, que hoje é a de filme internacional.

“O Pagador de Promessas”, de Anselmo Duarte, foi o primeiro representante brasileiro no Oscar, na disputa de 1963. O filme perdeu para o francês “Sempre aos Domingos”, de Serge Bourguignon.

Em 1986, “O Beijo da Mulher Aranha” tem indicações de melhor filme, melhor direção, melhor roteiro adaptado e melhor ator.

Há discordância sobre se o filme pode ou não ser considerado uma participação brasileira na cerimônia. Vários atores e atrizes eram brasileiros, mas a obra é de língua inglesa e foi dirigida por Hector Babenco, cineasta argentino naturalizado brasileiro.

Depois de uma longa ausência na disputa de filme estrangeiro — mas com algumas indicações na categoria de documentário —, o Brasil começou a se tornar uma presença mais comum no Oscar nos anos 1990. “O Quatrilho”, de Fábio Barreto, concorreu em 1996 e “O Que É Isso, Companheiro?”, de Bruno Barreto, em 1998.

Em 1993, mais um caso difícil de classificar. Luciana Arrighi ganhou um Oscar de melhor direção de arte, que hoje equivale ao prêmio de design e produção, por “Retorno a Howards End”. Filha de um diplomata italiano, a artista nasceu no Rio de Janeiro, mas deixou o Brasil com dois anos.

Em 1999, “Central do Brasil”, de Walter Salles, perdeu na mesma categoria, e Fernanda Montenegro, que havia sido indicada a melhor atriz pelo filme, também voltou de mãos vazias para casa. Em 2001, “Uma História de Futebol” concorreu a melhor curta-metragem. Perdeu.

“Cidade de Deus” foi ignorado pela Academia, em 2002, mas chegou à disputa em 2003. O filme foi indicado a melhor diretor, melhor roteiro adaptado, melhor edição e melhor fotografia.

Apesar de não levar estatuetas para casa, o filme consolidou Fernando Meirelles no cinema e o diretor retornaria ao prêmio, em 2020, com “Dois Papas”, que não concorreu pelo Brasil, mas levou estatuetas.

Carlinhos Brown e Sergio Mendes concorreram a melhor canção original com “Real in Rio”, do filme das araras azuis. Perdeu para “Man or Muppet”. Em 2015, o documentário “Sal na Terra”, de Juliano Salgado, perdeu para “Citizenfour”.

“O Menino e o Mundo”, de Alê Abreu, foi indicado na categoria de melhor animação, em 2016, e, em 2020, “Democracia em Vertigem” concorreu a melhor documentário. Mais dois filmes que não foram premiados.

(*) Com informações da Folhapress
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