Governador de RR abre licitação para compra de dez casas de Farinha Móvel; Estado deve desembolsar quase R$ 2 milhões

Gabriel Abreu – Da Revista Cenarium

BOA VISTA — Os gastos do governador de Roraima, Antonio Denarium (Progressistas), com o setor do agronegócio não param. Dessa vez, o Estado abriu licitação para a compra de dez Casas de Farinha Móvel. Serão gastos quase R$ 2 milhões na compra desses materiais. A licitação foi aberta nessa segunda-feira, 27, e consta no Portal da Transparência.

Essa é a segunda licitação aberta pelo atual governador nesse mês de junho com equipamentos para área do campo. A outra licitação foi para a compra de instrumentos agrícolas, implementos e veículos de carga. Com esses materiais, o Estado pretende gastar mais de R$ 20 milhões com a aquisição. O pregão eletrônico 018/2022 foi aberto e publicado no dia 8 de junho, no Diário Oficial do Estado.

Oriundo do agronegócio, o pré-candidato à reeleição ao Governo de Roraima fortalecerá sua base eleitoral com os equipamentos. Denarium é empresário do agronegócio e um dos maiores produtores de carne bovina de Roraima.

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Produção de farinha

Segundo o governo, as dez casas de Farinha Móvel irão atender as necessidades das políticas de apoio a atividades agrícolas do Estado, com a promoção da produção de alimentos, bem como apoiar a comercialização, considerando que a ‘mandiocultura’ é uma das principais atividades presentes na pauta de produção de agricultura familiar, principalmente das comunidades indígenas, pois exerce um papel fundamental na soberania alimentar e econômica de seus povos.

As casas de farinha serão administradas pelas 30 Casas de Produtores Rurais (CPR) da Secretaria de Estado de Agricultura, Desenvolvimento e Inovação (Seadi), e funcionarão por meio de rodízio nos 15 municípios do Estado.

A aquisição do maquinário pretende ainda atender as necessidades das diversas comunidades onde não existem casas de farinhas convencionais e que precisam deslocar sua produção para tais locais, o que gera depreciação da matéria-prima devido ao tempo de deslocamento, maiores custos para a produção e menor rendimento, o que acaba inviabilizando a sustentabilidade da atividade.

“O processamento da raiz da mandioca, geralmente, é para a fabricação da farinha de mesa que além de gerar uma produção de autoconsumo, produz também um excedente agrícola de considerável importância no abastecimento do mercado interno, constituindo-se em uma fonte de renda complementar para os agricultores familiares e indígenas, além da grande importância social e econômica. O aproveitamento dos seus derivados como fonte de alimento, necessita de tratamento adequado visando o fortalecimento dos aspectos de higiene e proteção ambiental, além da obtenção de um produto final de melhor qualidade”, diz um dos trechos da licitação.

Confira na íntegra:

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