Humanos passaram Covid-19 para cervos e a transmissão entre eles está descontrolada, mostra estudo

Pesquisadores compreenderam que cervos podem contrair a Covid-19 e transmitir o vírus entre si. Ainda não foram registrados casos de transmissão de veados para humanos Foto: VOLODYMYR BURDYAK

Com informações do Infoglobo

ESTADOS UNIDOS — Estudos recentes mostraram que humanos infectaram veados selvagens com Covid-19 em vários Estados dos EUA. Há ainda evidências de que o coronavírus está se espalhando entre os animais.

Cientistas americanos coletaram fluidos das narinas de cervos de cauda branca em Ohio e encontraram evidências de que humanos haviam espalhado o coronavírus entre mamíferos pelo menos seis vezes, de acordo com um estudo publicado no mês passado na revista Nature.

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Cerca de um terço dos veados analisados tinham infecções ativas ou recentes, diz o estudo. Uma pesquisa semelhante em Iowa de tecidos — de animais atropelados e cervos caçados — encontrou evidências generalizadas do vírus.

O estudo sugere que o coronavírus pode estar se espalhando pelas espécies, com números que chegam a cerca de 30 milhões de casos nos EUA. Nenhum caso de propagação de Covid-19 de cervo para humano foi relatado, mas é possível, dizem os cientistas.

Essa constatação é um lembrete de que a saúde humana está interligada a dos animais, e que a falta de atenção a outras espécies pode prolongar a pandemia e complicar a busca pelo controle da Covid-19.  As informações foram publicadas na rede de televisão americana NBC.

Risco de nova variante

A circulação sustentada e generalizada do vírus em veados pode representar um risco para as pessoas se mutações nos animais criarem uma nova variante. Uma população de animais selvagens que abrigam o vírus também pode reter variações da doença que não estão mais circulando entre os humanos, e permitir que retornem mais tarde.

No início da pandemia, os cientistas ficaram preocupados com a possibilidade de o vírus passar dos humanos para outros animais. Um estudo encontrou muitos mamíferos com receptores que poderiam permitir que o vírus se ligasse a suas células, e os cervos estavam entre as espécies de alto risco, o que despertou o interesse dos pesquisadores.

Os cervos costumam caminhar em manadas e tocar os narizes, tornando a transmissão uma preocupação. A espécie, onipresente em muitos Estados Unidos comunidades, está entre os grandes mamíferos mais abundantes no país.

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