Investigado pela PF, Bolsonaro convoca manifestação em São Paulo

Karina Pinheiro – Da Revista Cenarium

MANAUS – O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que está sendo investigado pela Polícia Federal (PF), publicou um vídeo em sua conta pessoal na última segunda-feira, 12, convocando apoiadores para uma manifestação no dia 25 de fevereiro em São Paulo.

No vídeo, Bolsonaro diz que usará o ato para se defender das acusações da investigação sobre a trama golpista durante seu mandato. “Neste evento, quero me defender de todas as acusações que têm sido imputadas à minha pessoa nos últimos meses”, disse.

Bolsonaro foi alvo de uma operação da PF, intitulada de Tempus Veritatis, por fazer parte de uma articulação de tentativa de golpe. O ex-presidente está proibido de sair do País, tendo seu passaporte confiscado pela PF e de manter contato com outros investigados no caso.

Durante o vídeo de convocação, Jair Bolsonaro pede que os apoiadores não levem cartazes ou faixas que ataquem os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Morais. “Peço que não compareçam com qualquer faixa ou cartaz contra qualquer que seja”. 

Gravação de uma reunião realizada em 5 de julho de 2022 foi divulgada na sexta-feira, 9, por ordem do STF, no qual Bolsonaro aparece estimulando os ministros de seu governo a se engajarem em campanha contra as urnas eletrônicas.

Confira o vídeo na íntegra:

Inelegível

Caso seja processado e condenado pelos crimes de tentativa de golpe de Estado, tentativa de abolição do Estado democrático de Direito e associação criminosa, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) poderá ficar inelegível por mais de 30 anos.

Bolsonaro ainda não foi indiciado por esses delitos, mas as suspeitas sobre esses crimes levaram a Polícia Federal a deflagrar uma operação que mirou seus aliados na última quinta-feira, 8.

O ex-presidente já foi condenado pelo TSE por ataques e mentiras sobre o sistema eleitoral e é alvo de diferentes outras investigações no Supremo Tribunal Federal (STF). Neste momento, ele está inelegível ao menos até 2030.

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