Lucro da Petrobras cai 82% em 2020 e alcança perda de R$ 7 bilhões

No quarto trimestre, por sua vez, a estatal registrou lucro líquido de R$ 59,9 bilhões (Daniel Silveira/G1)

Com informações do G1

MANAUS – A Petrobras informou nesta quarta-feira, 24, que registrou lucro líquido de R$ 7 bilhões em 2020, o que representa uma queda de 82,3% na comparação com o ano anterior.

No quarto trimestre, por sua vez, a estatal registrou lucro líquido de R$ 59,9 bilhões, ante R$ 8,15 bilhões no mesmo período de 2019, o que superou as expectativas do mercado.

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Esse é o último resultado financeiro da estatal sob o comando de Roberto Castello Branco, que será substituído em março após interferência do presidente Jair Bolsonaro.

No ano, o lucro da estatal antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda ajustado) chegou a R$ 143 bilhões, aumento de 10% em relação a 2019.

Contribuíram com o resultado anual a queda do valor do petróleo no primeiro trimestre de 2020, por conta da pandemia, e o lucro líquido de 2019, de R$ 40,137 bilhões. Segundo a estatal, esse foi o maior lucro nominal (sem considerar a inflação) da história da companhia.

Troca de comando

A Petrobras convocou na terça-feira, 23, uma Assembleia Geral Extraordinária (AGE) para destituir Roberto Castello Branco da presidência da estatal. Ele deverá ser substituído por Joaquim Silva e Luna, indicado pelo presidente Jair Bolsonaro para comandar a companhia.

Em comunicado, a companhia informou que a AGE vai ser realizada antes da Assembleia Geral Ordinária (AGO) deste ano. A data ainda será definida.

Com a saída de Castello Branco, terão de ser substituídos sete integrantes do conselho de administração eleitos na assembleia ordinária de 22 de julho do ano passado por voto múltiplo. São eles: Eduardo Bacellar Leal Ferreira, Ruy Flacks Schneider, João Cox Neto, Paulo Cesar de Sousa e Silva, Nivio Ziviani, Omar Carneiro de Cunha Sobrinho, Leonardo Pietro Antonneli.

Silva e Luna foi indicado na sexta-feira, 19, pelo presidente Jair Bolsonaro para assumir o comando da Petrobras. A interferência de Bolsonaro no comando da estatal provocou um forte abalo nas ações da companhia. Na segunda-feira, 22, a empresa chegou a perder R$ 75 bilhões em valor de mercado.

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