Lula afirma que vai fazer reajuste na tabela do Imposto de Renda da Pessoa Física para quem ganha até R$ 5 mil

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) (Mauro Pimentel/AFP)
Da Revista Cenarium*

BRASÍLIA – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva reafirmou nesta quarta-feira, 18, que quer reajustar a tabela do Imposto de Renda Pessoa Física, com isenção para quem ganha até R$ 5 mil, e que começará a trabalhar na reforma tributária.

“Isenção e aumento de imposto precisa de lei, não pode fazer no grito. A gente tem que construir”, disse. “É necessário muito convencimento no Congresso e organização da sociedade”, disse o presidente durante encontro com dirigentes de centrais sindicais, no Palácio do Planalto.

Na terça-feira, 17, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que o governo quer votar a proposta de reforma tributária sobre a renda no segundo semestre. Já a parte centrada nos impactos sobre o consumo deve ser votada no primeiro semestre.

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“O pobre de hoje, que ganha R$ 3 mil, proporcionalmente paga mais que alguém que ganha R$ 100 mil. Quem ganha muito paga pouco, porque quem ganha muito recebe como dividendo, como lucro, para pagar pouco Imposto de Renda”, argumentou o presidente.

A falta de correção da tabela do Imposto de Renda, nos últimos anos, vai fazer com que, em 2023, pessoas que recebem um salário-mínimo e meio tenham de pagar imposto pela primeira vez. A última atualização da tabela foi feita em 2015 e o limite atual para isenção é de quase R$ 1.903,98. Com o valor do mínimo em R$ 1.302, quem ganha um salário e meio ganha R$ 1.953, acima, portanto, da faixa de isenção.

A correção da tabela do Imposto de Renda é um dos pontos centrais na agenda econômica do novo governo e promessa de campanha de Lula.

“Eu tenho uma briga com os economistas do PT. O pessoal fala assim ‘se fizer isenção até R$ 5 mil são 60% da arrecadação desse País’. Então, vamos mudar a lógica, vamos diminuir para o pobre e aumentar para o rico”, disse Lula.

“A gente não ganha isso [correção da tabela] se não houver mobilização do povo brasileiro para mudar, uma vez na vida, a política tributária, para colocar o pobre no Orçamento da União e colocar o rico no Imposto de Renda, para ver se a gente arrecada o suficiente para fazer política social nesse País”, completou.

(*) Com informações da Agência Brasil
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