Lula escolhe Lewandowski para substituir Dino no Ministério da Justiça
10 de janeiro de 2024
O ministro aposentado do Supremo Tribunal Federal (STF) Ricardo Lewandowski e o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (Arte: Paulo Tesla/Revista Cenarium Amazônia)
Da Revista Cenarium Amazônia*
BRASÍLIA (DF) – O ministro aposentado do Supremo Tribunal Federal (STF) Ricardo Lewandowski vai assumir o Ministério da Justiça e Segurança Pública no Governo Lula. Detalhes do anúncio, que deve ocorrer na quinta-feira, 11, foram discutidos em reunião nesta quarta-feira, 10.
Lewandowski vai substituir Flávio Dino, que deixa a pasta para assumir uma vaga no STF. Dino foi sabatinado e aprovado pelo plenário do Senado em dezembro passado.
Lewandowski foi recebido por Lula para um café da manhã na residência oficial do Palácio da Alvorada na manhã de segunda-feira, 8. O magistrado aposentado viajou a Brasília para participar da cerimônia no Congresso Nacional que marcou o primeiro aniversário dos atos golpistas de 8 de Janeiro.
No início da noite desta quarta, houve um novo encontro de Lewandowski e Lula, também com Dino, no Alvorada.
Na reunião, Lula tratou com Lewandowski e Dino sobre a montagem da futura equipe da Justiça e temas de relevância da pasta. Na ocasião, de acordo com aliados, Dino intercedeu, novamente, pelo atual secretário-executivo do ministério, Ricardo Cappelli, na tentativa de preservá-lo no cargo.
Lewandowski, no entanto, reiterou o desejo de contar com uma pessoa de sua confiança no segundo posto mais importante do ministério. Dessa forma, auxiliares de Lula dizem que a tendência é que Cappelli deixe o governo.
Lula, Lewandowski e Dino terão, segundo a agenda oficial, nova reunião na manhã desta quinta, quando o anúncio oficial é esperado.
A demora na oficialização ocorre porque Lewandowski vinha trabalhando em nomes da sua futura equipe e, principalmente, buscava organizar seu escritório de advocacia.
A expectativa do Planalto é de que a transição ocorra da forma mais tranquila possível, preferencialmente, com a participação de Cappelli.
O número dois de Dino, no entanto, avisou a aliados que não deve aceitar um convite que represente um rebaixamento hierárquico.
Interlocutores no governo apontaram que o ministro aposentado sempre esteve entre os favoritos para o cargo de ministro da Justiça, especialmente, depois de Lula desistir da ideia de nomear uma mulher para a vaga. Seu nome ainda surge como uma escolha de consenso, para encerrar as disputas na esquerda em torno da sucessão de Dino, filiado ao PSB.
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