Maior operação do ano apreende mil toras de madeiras nativas da região amazônica no Pará

Entre as espécies identificadas na apreensão estão Jatobá, Maçaranduba e Cupiuba. (divulgação/ Agência Pará)

Da Revista Cenarium*

BELÉM – Toras de madeiras de árvores centenárias como Jatobá, Maçaranduba e Cupiuba, da região amazônica sem documentação foram entregues pela Marinha do Brasil à Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas), na ilha de Outeiro (a 25 quilômetros de Belém, no Pará). A estimativa inicial é que a carga seja de 1,3 mil metros cúbicos de madeira em tora, quantitativo suficiente para encher 65 caminhões.

A madeira foi apreendida durante ação de rotina da operação Verde Brasil II, do governo federal, na última quinta-feira (25). As quatro balsas e os três empurradores usados para transportar a carga foram interceptados pela Marinha na Foz do rio Tocantins, próximo ao município de Limoeiro do Ajuru. Por segurança, as embarcações foram levadas para Abaetetuba e, em seguida, transportadas em direção a Belém.

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Entre as espécies identificadas na apreensão estão Jatobá, Maçaranduba e Cupiuba. Todas são consideradas nativas da região amazônica. A carga está sob responsabilidade da Semas, que decidirá a destinação final da madeira. “É a maior apreensão deste tipo em 2020 no Pará. Como não foi apresentada a Guia de Transporte Florestal, vamos coletar informações para averiguar a origem da exploração da ilegal da madeira e, principalmente, para onde ela seria entregue”, diz o diretor de Fiscalização da Semas, Rayrton Carneiro.

“As embarcações que transportavam a carga também estavam irregulares e foram apreendidas. Foi averiguada falta de documentação de todas as balsas e de dois empurradores, além de excesso de carga e ausência de condutor habilitado em dois empurradores”, informou o comandante do Grupamento de Patrulha Naval do Norte, capitão de Mar e Guerra Robledo de Lemos Costa e Sá.

Os condutores das embarcações foram identificados e, em seguida, encaminhados para prestar depoimento na Divisão Especializada em Meio Ambiente e Proteção Animal. A partir de agora, será providenciada a medição correta da madeira. “Além disso, as pessoas que fizeram o transporte serão autuadas pelo transporte de madeira sem autorização e responderão pelo crime ambiental. Vamos seguir com as investigações para identificar quem é o responsável pelo desmatamento”, complementou Rayrton Carneiro.

(*) Com informações da assessoria

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