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No Pará, gavião-carijó tem atacado moradores em bairro de Belém
Gavião-carijó em bairro de Belém (Danilo Alves/Revista Cenarium)
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16 de julho de 2021
Danilo Alves – Da Revista Cenarium
BELÉM(PA) – Na árvore plantada no quintal do comerciante Antônio Carlos Dias, 67 anos, existe um ninho onde vive um gavião-carijó. A ave tem tirado a paz de moradores vizinhos, no bairro Pedreira, no centro urbano de Belém. O homem contou que já foi atacado três vezes pela ave enquanto estava na área externa da própria casa.
Antônio explicou que o animal fica a espreita em cima da mangueira de 18 metros de altura e surpreende quem está próximo.
“Um dia eu estava próximo da árvore juntando algumas folhas e galhos, quando ele veio por trás e enfiou as garras na minha cabeça. Uma semana depois, outro ataque, mas desta vez eu estava acompanhado do meu neto, uma criança de cinco anos”, disse o comerciante.
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O morador contou, ainda, que já tentou podar a árvore e até acionou os bombeiros, mas acredita que o animal precisa ser resgatado da área para evitar novas ocorrências. “Nós já acionamos os órgãos responsáveis, mas eles comunicaram que há grande dificuldade em resgatar o animal, porque o mesmo não está em cativeiro”.
Para evitar os ataques constantes do gavião-carijó, a corretora de imóveis Márcia Rassy, 49, começou a usar um capacete de proteção para estender roupa no quintal da própria casa. Ela e o marido também já foram surpreendidos pela ave.
“Ele desaparece por um tempo e agora voltaram com mais frequência, já não podemos mais nem vir aqui no quintal, só vínhamos até uma parte porque quando eles veem a movimentação começam a cantar e a gente já se refugia. Por isso, quando vou sozinha para o quintal, eu uso o capacete”, explicou.
Na Pedreira, de acordo com o veterinário Rogério Canvas, há pelo menos trinta anos são comuns os ataques de gaviões, mas são entre os meses de julho e setembro, o período de reprodução dos animais, que normalmente ficam mais agressivos. “Eles tentam protejer o ninho a qualquer custo e quase toda a movimentação estranha causa irritação”, explicou. “Uma das recomendações é colocar telas em locais onde o pássaro pode entrar, como janelas e muros”, concluiu o veterinário.
O tenente Adriano França, do Batalhão de Polícia Ambiental, informou que como se trata da espécie gavião-carijó, a melhor medida é solicitar a retirada do animal.
“A gente entende a preocupação das pessoas com os acidentes, mas também tem que entender que a gente acabou invadindo o local deles e eles estão se adaptando ao meio urbano. O mais correto, nesses casos, é chamar o BPA pelo 190 para que possa ser feita uma análise do que pode ser feito, até porque a própria legislação em caso de ter um ninho é proibido de ser retirado”, alertou.
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