Mato Grosso registra 11 casos de Febre Oropouche em menos de um mês

Davi Vittorazzi — Da Revista Cenarium

CUIABÁ (MT) — Mato Grosso registrou 11 casos de Febre do Oropouche, segundo dados do Ministério da Saúde, Até a última sexta-feira, 5. Apesar de o número ser baixo, a Saúde da capital mato-grossense informou que está em alerta, mas não há registro da doença no município.

A doença é transmitida por mosquito, um arbovírus (vírus transmitido por artrópodes). No registro do Ministério, mostra que Mato Grosso tinha cinco casos confirmados no dia 19 de março. Depois de uma semana, os casos subiram para 11.

Não foram divulgadas as cidades onde estão os pacientes contaminados pela doença. A Secretaria de Estado de Saúde (SES-MT) afirmou que está aguardando mais detalhes do Ministério da Saúde sobre a situação da doença desde a confirmação dos casos.

Em todo o país, são mais de 3,3 mil casos confirmados da febre. As infecções, em sua maioria, têm afetado pessoas que vivem na região Norte, principalmente no Amazonas.

Os sintomas da doença incluem febre súbita, dor de cabeça, dor muscular, dor nas articulações, tontura, sensibilidade à luz, náuseas, vômitos e, em casos mais graves, complicações no sistema nervoso central e manifestações hemorrágicas. Pacientes com testes negativos para Dengue, Chikungunya e Zika e apresentam esses sintomas são considerados suspeitos de estarem contaminados pela Febre Oropouche.

O que é a doença

A Febre do Oropouche é uma enfermidade ocasionada por um arbovírus pertencente ao gênero Orthobunyavirus, da família Peribunyaviridae. O Orthobunyavirus oropoucheense (OROV) foi inicialmente isolado no Brasil em 1960, a partir de amostras sanguíneas de uma preguiça (Bradypus tridactylus) capturada durante a construção da rodovia Belém-Brasília.

Desde então, observaram-se casos isolados e surtos principalmente nos estados da região Amazônica brasileira. Além disso, foram registrados casos e surtos em diversos países das Américas Central e do Sul, como Panamá, Argentina, Bolívia, Equador, Peru e Venezuela.

A transmissão da Febre do Oropouche ocorre principalmente por meio de mosquitos. Após se alimentar de uma pessoa ou animal infectado, o vírus permanece circulando no sangue do mosquito por alguns dias. Quando esse mosquito pica outra pessoa saudável, pode transmitir o vírus para ela.

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Edição: Hector Muniz