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Ministério da Saúde investiga caso de Paralisia Flácida Aguda no Pará e descarta circulação viral da poliomielite no Brasil
O Programa Nacional de Imunizações (PNI) dispõe de vacinas seguras e eficazes contra a poliomielite (Fernando Frazão/Agência Brasil)
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06 de outubro de 2022
Karol Rocha – Da Revista Cenarium
MANAUS – O Ministério da Saúde afirmou, no fim da tarde desta quinta-feira, 6, que investiga um caso de Paralisia Flácida Aguda no Pará. A informação foi dada após o comunicado da Secretaria de Saúde Pública do Pará (Sespa) sobre o risco para a detecção do vírus da poliomielite no Estado. O paciente é uma criança de 3 anos, residente do município de Santo Antônio do Tauá, no nordeste do Pará, o qual testou positivo para poliovírus (Sabin Like 3), por meio da metodologia de isolamento viral em fezes.
Ainda segundo o Ministério da Saúde, o caso pode estar relacionado a um evento adverso ocasionado por vacinação inadequada. Com isso, a circulação viral da poliomielite no Brasil foi descartada pela pasta.
De acordo com a médica pediatra Rossiclei Pinheiro a Paralisia Flácida Aguda (PFA) é entendida como uma manifestação clínica caracterizada por fraqueza ou paralisia dos membros, principalmente, inferiores, em decorrência de doença ou algum trauma que afete os músculos.
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“A paralisia flácida aguda é a síndrome clínica e a poliomielite é a doença. A paralisia flácida pode acontecer por outros vírus”, comentou. A médica ressaltou ainda que a rede deve se atentar para detecção de casos de Paralisia Flácida Aguda em menores de 15 anos.
“Cabe esclarecer que diante da vacinação com a vacina oral da poliomielite (VOP), vírus atenuado dos sorotipos 1 e 3, é esperado que a criança excrete o referido vírus em suas fezes. Assim, ao proceder com o isolamento viral, a partir da amostra de fezes coletada, de criança recém-vacinada, é esperada a detecção do vírus vacinal (Sabin) dos tipos 1 e 3, vacina usada, atualmente, no território brasileiro”, afirmou a médica que disse ainda que o poliovírus identificado não altera o cenário epidemiológico no território nacional.
A médica infectologista Ana Galdina também fez uma breve avaliação sobre o caso. “Pelo o que entendi, essa criança está em condição clínica de Paralisia Flácida Aguda e que eles ainda vão investigar o agente causador disso. Mas que já excluíram que seja o vírus da poliomielite. Outros vírus também podem causar Paralisia Flácida Aguda”.
Veja nota completa do Ministério da Saúde:
O Ministério da Saúde informa que não há registro de circulação viral da poliomielite no Brasil.
A pasta enviou equipe ao Estado do Pará nesta quinta-feira, 6, para investigar um caso de Paralisia Flácida Aguda. De acordo com informações enviadas pela secretaria estadual de saúde, o caso pode estar relacionado a um evento adverso ocasionado por vacinação inadequada. É importante ressaltar que não se trata de poliomielite. O Ministério da Saúde reforça que pais e responsáveis vacinem suas crianças com todas as doses indicadas para manter o País protegido da poliomielite, doença erradicada no Brasil.
Veja nota completa daSecretaria de Estado de Saúde do Pará (Sespa)
A Secretaria de Estado de Saúde do Pará (Sespa) informa que não há registro de circulação do vírus causador da poliomielite no Pará. A Secretaria investiga um caso de paralisia flácida aguda que pode estar relacionada a um evento adverso ocasionado por vacinação inadequada e incompleta em uma criança de 3 anos, de Santo Antônio do Tauá, nordeste paraense. Outros diagnósticos seguem em investigação e a criança recebe toda a assistência. A Sespa ressalta que o caso não altera o cenário epidemiológico anterior e o Brasil segue com a certificação de erradicação da doença e destaca a importância de manter o calendário vacinal atualizado para a proteção contra o vírus.
Amazonas
No Amazonas, a Fundação de Vigilância em Saúde Dra. Rosemary Costa Pinto (FVS-RCP) esclareceu, em nota, que no Estado não há caso notificado de poliomielite desde 1988.
A FVS-RCP acrescentou, ainda, que está na fase de elaboração do Plano Estadual de Enfrentamento da Poliomielite para definição de estratégias de monitoramento e investigação de casos suspeitos de Paralisia Flácida Aguda-PFA, além de avançar na cobertura vacinal contra a doença, já que a poliomielite é imunoprevenível, isto é, uma doença que pode ser evitada por meio da vacina.
Na campanha nacional de imunização, que terminou na última sexta-feira, 30, o Amazonas alcançou 58,8% de cobertura vacinal contra a poliomielite. A meta estabelecida pelo Ministério da Saúde, de atingir 95% do público-alvo, que são crianças de 1 a 4 anos, não foi alcançada devido à baixa adesão dos pais e responsáveis à iniciativa.
“Quem tem suas crianças compareçam, sim, à vacinação. É necessário que os pais tenham a consciência de que a criança só se manterá saudável por meio da vacina”, finalizou Galdina.
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