Ministérios no novo Governo Lula incluem ‘Povos Originários’, ‘Igualdade Racial’ e ‘Mulheres’; veja lista

Com promessas do presidente eleito, novo governo poderia chegar a 34 pastas em 2023 (Reprodução)
Com informações da Folhapress

SÃO PAULO – As promessas do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para expandir o número de ministérios devem resultar na criação de, ao menos, dez novas pastas.

Aliados do petista dizem que essa estratégia tem o objetivo de aprimorar as discussões de políticas públicas, mas também reconhecem que a expansão servirá para acomodar aliados e ampliar a base política de Lula no Congresso.

A ala liberal da equipe do presidente Jair Bolsonaro (PL) conseguiu emplacar, em 2019, um enxugamento no número de ministérios que, atualmente, somam 23.

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Ao assumir o terceiro mandato de presidente da República, Lula planeja mudar essa lógica – pois, na prática, não representa uma efetiva redução de gastos. O desenho preliminar da Esplanada dos Ministérios prevê, ao menos, 34 membros no alto escalão do novo governo petista.

Veja a lista:

(Reprodução)

Bolsonaro fundiu pastas que Lula quer agora segregar. É o caso das recriações dos Ministérios do Planejamento, Indústria e Comércio Exterior, do Desenvolvimento Social, da Cultura, da Pesca, da Segurança Pública e da Igualdade Racial.

Também devem ser separadas as pastas do Trabalho e Previdência, das Mulheres e Direitos Humanos, além da volta dos ministérios das Cidades e da Integração Nacional, que viraram do Desenvolvimento Regional na gestão Bolsonaro.

Essas são grafias conhecidas, porque já compunham a Esplanada dos Ministérios nas gestões petistas. Já a pasta dos Povos Originários – outra promessa de Lula – será uma novidade.

A expansão dos ministérios deve pressionar ainda mais a capacidade de prédios na região mais central de Brasília.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao lado do vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) (Nelson Almeida/AFP)

Lula já tem uma lista de partidos que querem espaço no governo. A candidatura de Lula contou com apoio de dez siglas: PT, PSB, PSOL, Rede, PV, PCdoB, Solidariedade, Avante, Agir e PROS.

Além dessas, o presidente eleito pretende ceder ministérios a legendas que podem se alinhar ao governo. É o caso do PSD, MDB, Cidadania, uma ala do União Brasil, além de parte do centrão que, hoje, está com Bolsonaro – caso do PP e Republicanos.

O principal desmembramento previsto pelos aliados de Lula é o do Ministério da Economia, comandado por Paulo Guedes. Petistas avaliam que houve uma superconcentração de tarefas – e de poder – em um único ministro. Isso, inclusive, segundo essas pessoas, atrapalhou o desempenho da área econômica de Bolsonaro.

Por isso, a ideia é recriar o do Planejamento, com a possibilidade de ficar responsável pela elaboração do orçamento federal, e a da Indústria e Comércio Exterior, cobiçada e requisitada pelo PSB.

O PT reconhece que terá dificuldade para encaixar alguns dos seus principais quadros no alto escalão do novo Governo Lula.

Entre os nomes petistas citados para ocupar ministérios estão: Gleisi Hoffmann (PR), Aloizio Mercadante (SP), Alexandre Padilha (SP), Rui Costa (BA), Fernando Haddad (SP), Wellington Dias (PI) e Tereza Campello (SP).

De outros partidos figuram: Marina Silva (Rede), Simone Tebet (MDB), Flávio Dino (PSB), Márcio França (PSB) e Paulo Câmara (PSB).

Apesar de Lula ter dito que só começaria a discutir nomes para os ministérios após a confirmação da vitória nas urnas, alguns aliados já são lembrados para cargos específicos. É o caso de Dino para o Ministério da Justiça – ele também deve acumular a tarefa de ajudar na interlocução com o STF (Supremo Tribunal Federal).

A área econômica é a mais disputada na configuração do novo governo. Padilha, Dias e Costa estão na fila para comandar alguma pasta desse grupo. Lula tem dito que quer um ministro da Fazenda com perfil político, mas ele também avalia currículos de economistas para a vaga.

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