Ministra Cármen Lúcia afirma que uso de drogas ‘é questão de saúde, não de polícia’

(Nelson Jr./SCO/STF)

Com informações do O Globo

RIO DE JANEIRO – Os problemas envolvendo o uso de drogas no Brasil devem ser vistos como “questão de saúde, não de polícia”. É o que defendeu a ministra do Supremo Tribunal Federal (STF), Cármen Lúcia, em participação gravada para o evento Cannabis Affair, que será transmitida nesta quarta-feira, 9.

A jurista participou da mesa de abertura do evento, que trata de questões sociais relacionadas à maconha, e falou sobre as consequências da atual política de drogas para o sistema prisional do Brasil.

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Alguns projetos também estão em tramitação no Congresso Nacional. Na terça-feira, 8, a comissão especial da Câmara aprovou a proposta que libera o cultivo da maconha (cannabis sativa) para uso medicinal e industrial. A proposta tramitou em caráter conclusivo e, com a aprovação, poderia ser enviada diretamente ao Senado para votação. No entanto, deputados governistas informaram que vão apresentar recurso para levar a análise para o plenário da Câmara.

Estigma

Em sua fala na Cannabis Affair, Cármen Lúcia ressaltou ainda que mesmo quando um usuário consegue sair da cadeia sem se envolver com criminalidade do sistema prisional, ele fica estigmatizado socialmente.

“Indo em penitenciárias me deparei com declarações como “Doutora, cumpri minha pena, fiquei seis meses tentando emprego, mas só o pessoal da boca de fumo me chamava pra consegui algum dinheiro pra casa”, contou a ministra. “Ele já não tem escolha se a sociedade não oferece alternativa”, disse.

A mesa com Carmen Lúcia, da qual também participam a empreendedora social e fundadora do Instituto Humanitas360, Patricia Vilela, e a escritora e ativista Preta Ferreira, pode ser vista na página do evento. O festival que ocorre nesta quarta e quinta-feira também terá a participação de nomes como o neurocientista, Sidarta Ribeiro, o ator e escritor Gregório Duvivier, entre outros.

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