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Na Amazônia Legal, mais de 20 milhões de eleitores estão aptos a irem às urnas neste domingo
Os governantes eleitos têm pela frente a missão de incluir na agenda a Amazônia como uma das principais pautas (Alejandro Zambrana/Secom/TSE)
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01 de outubro de 2022
Priscilla Peixoto – Da Revista Cenarium
MANAUS – Neste domingo, 2, mais de 156 milhões eleitores brasileiros se preparam para irem às urnas escolher novos senadores, deputados federais, deputados estaduais ou distritais, governadores e presidente da República. Desse quantitativo, 20.072.839 de votantes estão na Amazônia Legal representando 12,82% do total de eleitores do País. Os dados são do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Conforme o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a Amazônia Legal, composta pelo Acre, Amapá, Amazonas, Rondônia, Roraima, Pará, Maranhão, Mato Grosso e Tocantins, representa 13,73% da população brasileira, com 29.209.000 habitantes. Desse total, pelo menos, 68,72% estão aptos ao voto durante o pleito deste ano.
Amazônia em pauta
Os governantes eleitos têm pela frente a missão de incluir na agenda a Amazônia como uma das principais pautas. Pesquisas, inclusive, revelam que o conhecimento em relação à região influencia na escolha do representante. De acordo com a Fundação Amazônia Sustentável (FAS), para 62,4% dos eleitores, é fundamental o conhecimento dos candidatos sobre a Amazônia e a defesa da floresta.
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Na leitura do cientista político Helso do Carmo, quase todos fazem discursos voltados para a Amazônia, mas poucos se voltam para a prática de políticas efetivas em prol da região, e cabe aos eleitores cobrarem que correspondam à realidade.
“A cada eleição, o que eu observo é que todos ou quase todos fazem discursos voltados para a Amazônia. Mas aí eu lembro da música do cazuza: ‘O tempo não para’, porque as ideias não correspondem aos fatos. Nos discursos, eu observo que as práticas são poucas e vejo que o nosso federalismo que faz com que haja divisão de poderes, internamente. Você não vai conseguir desenvolver a região sem uma confluência, sem dar as mãos às três esferas (municípios, Estados e União). Enquanto isso não ocorrer, você vai ouvir, cada vez mais, discursos“, considera o especialista.
Desafios da região
A taxa de desemprego também é um desafio a ser superado na região. Em todo o Brasil, em média, 10 milhões de brasileiros estão sem emprego, segundo o IBGE. No Amazonas, por exemplo, dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNad) apontou que, somente entre abril e junho deste ano, o índice de desemprego chegou a 10,4%, maior que a média nacional de 9,3%.
A busca pelo crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), no Acre, que possui o segundo menor Pib do País, com 13,9 bilhões, as riquezas minerais e florestais em jogo, no Amapá, a informalidade que preocupa os habitantes do Maranhão, as questões ambientais e conflitos, como entrave, no Pará, as atividades ruralistas versus a preservação do meio ambiente, em Rondônia, a crise migratória e a violência contra os indígenas, em Roraima, e manter o crescimento na economia e o potencial turístico, em Tocantins e Mato Grosso, são alguns dos principais desafios.
“Estes e outros pontos que reúnem questões sociais e econômicas e, apesar dos discursos serem inflamados, o resultado eleitoral não influi muito. Quando você vai para a Amazônia Legal, isso aí aumenta, mas não o suficiente para que ela esteja nas pautas dos interesses políticos eleitorais. Então, ao mesmo tempo que você tem uma região que recebe atenção nos discursos, quando você vai pegar a quantidade de eleitores, os centros de decisões acabam não valorizando muito“, finaliza.
No mês de agosto, a REVISTA CENARIUM, publicou a edição intitulada “A disputa pelo poder na Amazônia”, na qual apresenta os candidatos aos governos e ao Senado, nos nove Estados da Amazônia Legal, com os principais desafios da região em detalhes. Para ler as publicações é só acessar no site e clicar na aba revista digital.
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