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‘Não bastava fazer Ariel defumada’, diz o influencer Felipe Heystee sobre filme da Branca de Neve
Branca de Neve (Disney/Divulgação) e Rachel Zegler (Reprodução/Redes Sociais)
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16 de agosto de 2023
Da Revista Cenarium Amazônia*
SÃO PAULO (SP) – Nos últimos tempos, muitos dos grandes clássicos dos desenhos animados têm ganhado suas versões em “carne e osso”, os famosos live-actions que conquistam cada vez mais o público. Nesta semana, Felipe Heystee, que tem mais de 500 mil seguidores nas redes sociais, viralizou na internet após fazer uma série de comentários racistas em relação a algumas dessas produções, com foco no futuro lançamento de “Branca de Neve”.
“Vocês vão querer me cancelar, mas eu vou falar. Não bastava fazer Ariel defumada, Barbie feminista e, agora, estão fazendo a Nega de Neve e os Sete Negões? Querem filme só de pretinhos? Pega cardume de pretinhos e cria uma história nova,” afirmou Heystee.
De acordo com a pesquisa “Percepções do racismo no Brasil”, encomendada pelo Ipec, cerca de 81% dos brasileiros consideram o País racista e acreditam que o racismo é o principal fator gerador de desigualdade, enquanto que 38% dos respondentes afirmam já terem sofrido preconceito. O especialista em ética, diversidade, equidade e inclusão, e CEO da Condurú Consultoria, Deives Rezende Filho, destaca que é frustrante que a branquitude necessite de acontecimentos externos para abrir os olhos para o racismo tão presente no dia a dia. “Independente de sua origem, o protagonismo da luta antirracista é necessário e sempre muito bem-vindo. E, na era das redes sociais, nada mais natural do que tal protagonismo resultar em mobilizações on-line”, diz.
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Em julho, o New York Post afirmou, sobre o live-action de “Branca de Neve”, que as escolhas da Disney em obedecer ao politicamente correto têm levado a empresa a sofrer uma série de prejuízos. Assim como outras empresas, como a Bud Light, marca de cerveja que perdeu milhões de dólares por contratar uma mulher trans para ser garota-propaganda. O filme, cuja princesa será interpretada pela atriz Rachel Zegler, terá os sete anões vividos por homens brancos e negros de diferentes estaturas.
Heystee desativou seus perfis nas redes sociais e afirmou que “a internet prefere palavras doces e vazias do que cruéis e verdadeiras”. Para Rezende, o racismo sistêmico dificulta, oprime e nega direitos à vida de pessoas negras. “O debate antirracista não pode ser apenas dos negros, nem jamais considerado uma luta dos negros contra os brancos. Essa é uma luta humana”, afirma.
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