Neymar não cumpre sua promessa a Jair Bolsonaro de dedicar primeiro gol da Copa

Jogador Neymar em campo (Divulgação)
Da Revista Cenarium*

DOHA – Neymar não cumpriu a promessa que fez ao presidente Jair Bolsonaro durante a campanha eleitoral no Brasil: dedicar a ele seu primeiro gol na Copa do Mundo do Qatar.

Ao marcar o segundo gol da seleção sobre a Coreia do Sul, no jogo de oitavas de final do Mundial, o camisa 10 comemorou com os companheiros e foi às arquibancadas abraçar Alex Telles, que sofreu uma lesão no joelho direito e está fora do torneio.

Neymar foi até a arquibancada para comemorar o seu gol com o lateral Alex Telles, lesionado
Neymar foi até a arquibancada para comemorar o seu gol com o lateral Alex Telles, lesionado (Carl Recine/Reuters)

Este foi o gol de número 76 de Neymar com a camisa da seleção brasileira, que cinco minutos antes tinha aberto o placar com Vinícius Junior.

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Durante a polarizada campanha presidencial, Neymar prometeu formar com os dedos o número 22, código da extrema-direita nas urnas, em comemoração ao seu primeiro gol no País árabe.

Em uma live no dia 22 de outubro, da qual Neymar participava de Paris (FRA), o então candidato Jair Bolsonaro disse que queria muito que o atacante fizesse um “Ihuuu” na Copa, uma expressão usada pelo político.

Neymar durante a live do então candidato a presidente Jair Bolsonaro, em 22 de outubro
Neymar durante a live do então candidato a presidente Jair Bolsonaro, em 22 de outubro (Reprodução/Youtube)

Aí, depois seguiu a seguinte conversa:

Neymar: “Vou fazer o Ihuuu com a taça na mão”.

Carla Cecato (apresentadora): “Vamos combinar se a gente ganhar?”.

Bolsonaro: “Se, não? Vamos ganhar!”

Carla Cecato: “Vamos combinar o primeiro gol que você fizer?”.

Neymar: “Vamos ganhar.”

Carla Cecato: “O primeiro gol que você fizer. O gesto que você vai fazer?”

(Neymar faz com os dedos o gesto de 22)

Carla Cecato: “22”.

“A Copa está próxima. Seria tudo maravilhoso, Bolsonaro reeleito, Brasil campeão, e todo mundo feliz”, disse Neymar na sequência.

O camisa 10 afirmou que se motivou a apoiar Bolsonaro, publicamente, na disputa eleitoral, porque os “valores que o presidente representa são parecidos” aos seus e aos de sua família.

Bolsonaro deixará o poder no dia 31 de dezembro. Desde sua derrota nas urnas, que ainda não reconheceu explicitamente, o mandatário permanece em silêncio e, praticamente, não fez aparições públicas.

(*) Com informações da Folhapress
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