‘Vida em primeiro lugar’ é tema da 27ª edição do ‘Grito dos Excluídos’ em Manaus

Grito dos Excluídos, no Largo Mestre Chico, em Manaus. (Foto Ricardo Oliveira/ CENARIUM)

Victória Sales – Da Cenarium

MANAUS – Cerca de duas mil pessoas se reuniram, na tarde desta terça-feira, 7, para participar do ato “Grito dos Excluídos e Excluídas”, em Manaus. O encontro aconteceu no Largo do Mestre Chico, localizado na zona Centro-Sul de Manaus. O ato já está na sua 27ª edição e tem como lema “Vida em primeiro lugar” e contou com a presença de movimentos sociais.

O evento já acontece há 27 anos e é organizado pela Arquidiocese Metropolitana de Manaus que neste ano vem pedindo mais dignidade social, como moradia e saúde. Segundo o pastoral da Paróquia São Pedro Apóstolo, Marcos Brito, o tema sempre foi um questionamento na Igreja Católica, que se perguntava sobre a conjuntura política dos que ocupam cadeiras no Planalto.

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Marcos aproveitou o momento para fazer críticas ao governo de Jair Bolsonaro, afirmando que esse aumento, principalmente na gasolina e no preço dos alimentos, afeta diretamente os pobres e miseráveis. “Nessa realidade, o pobre está vivendo pelo menos com dignidade”, questionou. O pastoral destaca ainda que Jair não tem feito nada para unir os três Poderes.

Grito dos Excluídos no Largo Mestre Chico, em Manaus. (Foto Ricardo Oliveira/ CENARIUM)

Quem esteve presente no ato foi o deputado federal José Ricardo (PT) que afirmou: “Pela primeira vez, no dia 7 de setembro, a gente vê o desespero do governo federal em convocar seus apoiadores para ir às ruas, primeiro para defender o governo, com aumento do custo de vida, visto que a gasolina já está a R$ 6, governo que empobreceu a população, que voltou com a fome, que tirou os direitos trabalhistas”, explicou.

José Ricardo afirmou ainda que as manifestações são contra as instituições da Constituição brasileira, como poder judiciário, o Congresso Nacional. “É a primeira vez que uma data tão importante é utilizada para agredir a democracia. Por isso que eu participo há 27 anos desse ato, pois não é um ato contra governo, é um processo de cobrança de políticas públicas de inclusão social”, destacou.

Medidas restritivas

Segundo dom Leonardo, a recomendação era que não houvesse aglomeração e que todos os participantes do ato estivessem com máscara, em recomendação às medidas sanitárias contra a Covid-19. Os manifestantes não utilizaram as medidas como a distância de um metro e meio entre uma pessoa e outra, mas utilizaram a máscara de proteção facial. Questionado sobre as outras manifestações que aconteceram nos outros pontos da capital amazonense, Leonardo afirma que as pessoas têm toda liberdade de se manifestar. “Nós também fizemos uma manifestação e teremos outras”, destacou.

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