No AM, estudo investiga potencial anticancerígeno de substância para tratamento de leucemias

Pesquisa é fruto do programa de pós-graduação do Hemoam, em parceria com UEA (Reprodução/Divulgação)
Emiliana Monteiro – Especial para Revista Cenarium

MANAUS – No Amazonas, um estudo avaliou a ação anticancerígena de uma substância de origem vegetal com poder de inibir células malignas. Uma série de experimentos com o derivado mostraram bons resultados para o sistema imunológico, sem efeito tóxico significativo para as células saudáveis do corpo. A pesquisa é fruto do Programa de Pós-Graduação em Ciências Aplicadas à Hematologia (PPGH), uma parceria entre Fundação Hospitalar de Hematologia e Hemoterapia do Amazonas (Hemoam) e a Universidade do Estado do Amazonas (UEA).

A autora do estudo, Regiane Costa Oliveira, identificou que o composto natural pode ser uma alternativa importante para o tratamento de leucemias. “No Amazonas, as neoplasias hematológicas possuem alta taxa de incidência e as alternativas de tratamento convencionais são limitadas, além dos efeitos colaterais da quimioterapia e custos elevados. Esses estudos são importantes para o tratamento alternativo e prognóstico de diversos tumores”, ressaltou a pesquisadora.

Os resultados prévios do estudo são importantes para futuras pesquisas de novos fármacos anticancerígenos (Reprodução/Divulgação)

A substância investigada é derivada de uma planta nativa da África, que também pode ser encontrada nos EUA, Austrália e na Ásia, chamada de Oschrosia elliptica. Os resultados prévios do estudo são importantes para futuras pesquisas de novos fármacos anticancerígenos, pois os dados sugerem efeitos com menos toxicidade ao paciente, além de um baixo custo em comparação aos tratamentos convencionais para leucemias.

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Este composto pode ser um bom candidato a ser explorado como uma substância anticâncer em futuras pesquisas médicas e farmacêuticas e também contribui para o desenvolvimento de novas formulações terapêuticas que poderão auxiliar no tratamento de leucemias agudas e crônicas”, exemplificou Regiane.

A pesquisa foi financiada pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam) e o projeto Horizon 2020 (Reprodução/Divulgação)

O estudo foi desenvolvido no Laboratório de Virologia e Imunologia do Instituto de Pesquisa da Amazônia (Inpa), em cooperação com a Universidade de Helsinque, Instituto Nacional de Química da Ucrânia e Universidade Mohamed Bem Abdellah Fes, Marrocos.

A pesquisa foi financiada pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam) e o projeto Horizon 2020. O material está disponível em: https://www.mdpi.com/1420-3049/25/9/2130.

A autora do estudo, Regiane Costa Oliveira, identificou que o composto natural pode ser uma alternativa importante para o tratamento de leucemias (Reprodução/Divulgação)

PPGH

O Programa de Pós-Graduação em Ciências Aplicadas à Hematologia (PPGH-UEA/Hemoam), que dispõe do curso de mestrado acadêmico, atua em duas linhas de pesquisa: Hemoterapia e Hematologia. O Programa existe há dez anos e, atualmente, conta com 41 pós-graduandos ativos.

O PPGH foi instituído com a missão de propor soluções frente às dificuldades regionais ainda existentes, a fim de implantar e implementar soluções, especialmente, na área da hematologia e hemoterapia, além de identificar e compreender os aspectos que permeiam a problemática no campo da saúde pública, frente à realidade amazônica atual.

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