Início » Cultura » No RJ, indígena expõe arte e conta história de deslocamentos forçados e resgate de identidade
No RJ, indígena expõe arte e conta história de deslocamentos forçados e resgate de identidade
"Aqui Estamos" está em exposição no Museu de Arte Moderna (MAM), no Rio de Janeiro (RJ). (Divulgação/MAM Rio)
Compartilhe:
14 de dezembro de 2022
Marcela Leiros – Da Revista Cenarium
MANAUS – Está em exposição no Museu de Arte Moderna (MAM Rio), no Rio de Janeiro, a obra “Aqui Estamos”, da artista visual indígena Uýra Sodoma, que foca nas histórias das diásporas indígenas no Brasil como forma de retomar e resgatar a identidade dos povos originários forçados a se deslocarem dos seus territórios. A exposição segue disponível ao público até abril de 2023.
Uýra é o alter-ego drag queen do biólogo e arte educador Emerson Munduruku. Na exibição, ela reúne múltiplas experiências de pessoas indígenas em diáspora —, segundo o dicionário Michaelis, significa a dispersão de povos, por motivos políticos ou religiosos — contadas por meio de sons, imagens e narrativas.
“A exposição é um convite para que nesse tempo do agora, a gente possa enxergar com franqueza e dignidade as verdadeiras histórias que formam o Brasil, principalmente dos povos indígenas que estão neste território desde antes da invenção“, explica a artista.
PUBLICIDADE
Ela lembra, ainda, que a colonização europeia no País forçou indígenas a se movimentarem para fora das suas aldeias, levando-os a grandes centros urbanos e promovendo um apagamento histórico dos povos originários.
“‘Aqui estamos’ aborda a história das diásporas indígenas, tema racial, geopolítico, histórico e contemporâneo tão importante, mas ainda muito pouco abordado no Brasil. Diásporas, essas movimentações indígenas forçadas pelas invasões europeias nesse território, continuadas e atualizadas pelos seus descendentes dentro dos locais de poder, que afastam pessoas indígenas de núcleos coletivos, de aldeias, jogando-as geralmente para as cidades e muitas outras diversas e desconhecidas regiões“, disse também.
Artista
Emerson Munduruku, 30 anos, é indígena e tem mestrado em Ecologia. Atua como artista visual, arte educadora e pesquisadora. Natural de Santarém (PA), mora em Manaus (AM), onde se transforma para viver Uýra, uma Árvore que Anda.
Já integrou o Salão Arte Pará (2019), a exposição pelo Prêmio EDP das Artes, Tomie Ohtake (2020), a da 34ª Bienal de São Paulo (2021), e exposições em instituições na Áustria, Itália, São Francisco, Holanda, França.
Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site. Se achar algo que viole os termos de uso, denuncie. Leia as perguntas mais frequentes para saber o que é impróprio ou ilegal.
Este site usa cookies para que possamos oferecer a melhor experiência de usuário possível. As informações dos cookies são armazenadas em seu navegador e executam funções como reconhecê-lo quando você retorna ao nosso site e ajudar nossa equipe a entender quais seções do site você considera mais interessantes e úteis.
Cookies Estritamente Necessários
O cookie estritamente necessário deve estar ativado o tempo todo para que possamos salvar suas preferências de configuração de cookies.
Se você desativar este cookie, não poderemos salvar suas preferências. Isso significa que toda vez que você visitar este site, precisará habilitar ou desabilitar os cookies novamente.