No Tocantins, Polícia Rodoviária Federal afasta agentes flagrados agredindo homem negro

Marcela Leiros – Da Revista Cenarium

MANAUS – A Polícia Rodoviária Federal (PRF) informou no sábado, 7, que afastou quatro agentes envolvidos na agressão de um homem negro em um posto de combustíveis em Palmas, no Tocantins. Segundo o superintendente regional da corporação, Almir Eustáquio da Silva, o homem dirigia embriagado, mas agressões e excessos injustificados serão investigados pela Corregedoria da instituição.

“Diante da situação, os policiais foram afastados das atividades, e quaisquer agressões e excessos injustificados serão apurados de forma rigorosa pela corregedoria regional, acompanhados também pela nossa corregedoria nacional, e também por profissionais da área de direitos humanos“, disse ele.

Em um vídeo que circula nas redes sociais é possível ver um homem sendo agredido com socos e chutes por policiais rodoviários federais. A violência ocorreu durante abordagem a um carro de cor preta. O motorista deita no chão e mesmo imobilizado, é agredido por pelo menos dois agentes. O terceiro policial assiste à ação, e o último revista o carro.

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Veja o vídeo:

Ainda de acordo com o superintendente, o homem afirmou estar armado, mas a abordagem constatou que a informação não procedia. Foram registradas oito infrações administrativas no veículo e o homem foi autuado por três crimes, sendo um deles embriaguez ao volante. “0,46 mg de álcool por litro de ar alveolar”, explicou Almir Eustáquio da Silva.

Entenda o caso

A ação foi por volta das 22h30 em um posto de combustíveis, que fica às margens da BR-010, em Palmas. A abordagem foi realizada porque os policiais suspeitaram que o rapaz estava dirigindo embriagado. Segundo a PRF, ele também desrespeitou a ordem para parar o carro.

Moradores filmaram quando os quatro policiais rodoviários federais abordaram a vítima. Na delegacia, o rapaz foi autuado por embriaguez e pagou fiança. No depoimento, o homem informou que tinha sido agredido pelos policiais rodoviários, por isso, ele foi levado para fazer exames de corpo de delito no Instituto Médico Legal de Palmas.

Em nota de esclarecimento, a corporação alegou que o “procedimento apresentado não faz parte da doutrina da PRF, e os fatos serão submetidos a rigorosa apuração por parte da Corregedoria Regional e de especialistas em Direitos Humanos da Polícia Rodoviária Federal“.

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