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Norte tem maior potencial de aumento de exportações para a China até 2030, aponta estudo
Contêiner em porto (Divulgação/Sedecti)
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13 de fevereiro de 2023
Marcela Leiros – Da Revista Cenarium
MANAUS – A Região Norte – formada pelo Amazonas, Acre, Amapá, Tocantins, Rondônia, Roraima e Pará –, é a que tem maior potencial de aumentar seu percentual de exportações para a China até 2030, se comparada com outras regiões do País. Esse crescimento pode chegar a 125,8%. Já em valores, é a segunda com maior possibilidade de crescimento, de US$ 11,7 bilhões, segundo o estudo “Exportações dos Estados Brasileiros para a China” divulgado neste mês.
O documento analisa as exportações brasileiras para a China, com um recorte para cada Unidade da Federação, entre os anos de 2012 a 2020, além de projetar a variação das exportações até 2030. Em questão de valores, a Região Norte fica atrás apenas do Sudeste, cujo percentual poderá ser de 80,5% e, os valores, de US$ 19,2 bilhões.
Já as regiões Centro-Oeste e Sul são as regiões cujo aumento percentual das exportações até 2030 seriam os menores: de 48,6% e 42,1%, respectivamente. O Nordeste poderia ter expansão percentual considerável de vendas, de 76,8% ou US$ 2,8 bilhões a mais.
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A análise da pesquisa, em cada Estado, mostrou quehá 11 Unidades Federativas cujos produtos com oportunidades de diversificação representam mais de 50% dos ganhos hipotéticos em 2030: Paraíba (96,5%), Ceará (96,1%), Acre (85,0%) e Amazonas (84,7%). Por outro lado, os Estados com menor participação de produtos com oportunidades de diversificação são Piauí (0%), Distrito Federal (0,2%), Roraima (0,4%), Tocantins (0,8%) e Mato Grosso do Sul (3,5%).
Em relação aos produtos, os que mais podem ter ganhos de participação na pauta brasileira de exportações, em 2030, serão minérios; cobre e suas obras; produtos farmacêuticos; máquinas e materiais elétricos; químicos inorgânicos; e madeira e obras de madeira, de acordo com o estudo.
Entre 2012 e 2021, 21 das 27 Unidades Federativas (UFs) tiveram aumento de suas exportações para China, acima da expansão de suas vendas para o mundo. Os Estados com crescimento médio mais significativo foram Rondônia (39,6%), Piauí (30,1%), Tocantins (26,2%), Amazonas (21,3%) e Acre (19,8%).
Em 2021, 98% das exportações brasileiras para a China concentram-se em 13 Estados: Pará, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, São Paulo, Mato Grosso, Paraná, Goiás, Mato Grosso do Sul, Bahia, Santa Catarina, Tocantins e Maranhão. As demais 14 Unidades Federativas responderam por apenas 2% das vendas.
“A China tornou-se o parceiro comercial mais importante do Brasil e da grande maioria das Unidades Federativas do País nos últimos anos. Porém, a elevação do peso da China, como destino das vendas ao exterior, ocorreu em conjunto com o aumento da concentração dessas exportações em alguns poucos produtos”, diz o estudo.
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