ONGs apontam ausência de medidas concretas na ‘Declaração da Cúpula Amazônica’

Cúpula da Amazônia: Representantes da sociedade civil entregam documentos aos chefes de Estado dos países amazônicos. (Foto: Seaud/ Presidência da República)
Da Revista Cenarium Amazônia*

MANAUS (AM) – A ausência de metas concretas e prazos para a conservação da Amazônia na Declaração de Belém, assinada nesta terça-feira, 8, pelos líderes dos países amazônicos, deu o tom das críticas de organizações socioambientais ao documento.

Dezenas de organizações publicaram notas em protesto à ausência de medidas concretas, em um contexto de agravamento dos eventos climáticos extremos.

Entre cartazes, homem usa máscara contra gases tóxicos e capa de chuva amarela; ele segura cartaz onde é possível ler Amazônia para Amazônia
Membros de movimentos sociais protestam contra a exploração de petróleo na Amazônia, no centro de convenções onde aconteceu seminário que antecedeu a cúpula com líderes das nações amazônicas, em Belém (PA) – Ueslei Marcelino – 6.ago.2023/Reuters

“Não é possível que, num cenário como esse, oito países amazônicos não consigam colocar numa declaração, em letras garrafais, que o desmatamento precisa ser zero e que explorar petróleo no meio da floresta não é uma boa ideia. Em resumo, o documento pecou pela falta de contundência”, afirmou Marcio Astrini, secretário-executivo do Observatório do Clima, rede que reúne cerca de 80 organizações da sociedade civil brasileira.

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Na mesma linha, o Greenpeace considerou grave a ausência de metas concretas para zerar o desmatamento ou para frear a exploração de petróleo na Amazônia.

“A declaração final da Cúpula da Amazônia é decepcionante em vários aspectos, mas principalmente pelo fato dela não incluir compromissos claros e concretos que apontem para a superação da relação que os nossos países têm hoje com a Amazônia”, disse Leandro Ramos, diretor de programas do Greenpeace Brasil.

Para Marcelo Furtado, fundador da Coalizão Brasil e diretor da Nature Finance, a Declaração corre o risco de repetir acordos anteriores, que contêm promessas estratégicas, mas não são implementados. “A Cúpula abordou os temas certos, mas não entregou o que a sociedade, o setor privado e a academia esperam: um conjunto de ações concretas, de curto e médio prazo, que possam mudar o rumo que hoje navegamos”, afirmou.

A ausência de metas concretas e prazos para a conservação da Amazônia na Declaração de Belém, assinada nesta terça-feira (8) pelos líderes dos países amazônicos, deu o tom das críticas de organizações socioambientais ao documento.

Dezenas de organizações publicaram notas em protesto à ausência de medidas concretas, em um contexto de agravamento dos eventos climáticos extremos.

Entre cartazes, homem usa máscara contra gases tóxicos e capa de chuva amarela; ele segura cartaz onde é possível ler Amazônia para Amazônia
Membros de movimentos sociais protestam contra a exploração de petróleo na Amazônia, no centro de convenções onde aconteceu seminário que antecedeu a cúpula com líderes das nações amazônicas, em Belém (PA) – Ueslei Marcelino – 6.ago.2023/Reuters

“Não é possível que, num cenário como esse, oito países amazônicos não consigam colocar numa declaração, em letras garrafais, que o desmatamento precisa ser zero e que explorar petróleo no meio da floresta não é uma boa ideia. Em resumo, o documento pecou pela falta de contundência”, afirmou Marcio Astrini, secretário-executivo do Observatório do Clima, rede que reúne cerca de 80 organizações da sociedade civil brasileira.

Na mesma linha, o Greenpeace considerou grave a ausência de metas concretas para zerar o desmatamento ou para frear a exploração de petróleo na Amazônia.

“A declaração final da Cúpula da Amazônia é decepcionante em vários aspectos, mas principalmente pelo fato dela não incluir compromissos claros e concretos que apontem para a superação da relação que os nossos países têm hoje com a Amazônia”, disse Leandro Ramos, diretor de programas do Greenpeace Brasil.

Para Marcelo Furtado, fundador da Coalizão Brasil e diretor da Nature Finance, a Declaração corre o risco de repetir acordos anteriores, que contêm promessas estratégicas, mas não são implementados. “A Cúpula abordou os temas certos, mas não entregou o que a sociedade, o setor privado e a academia esperam: um conjunto de ações concretas, de curto e médio prazo, que possam mudar o rumo que hoje navegamos”, afirmou.

(*) Com informações da Folhapress

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