Operação desmonta garimpo ilegal em Roraima e moradores reclamam de água barrenta

De acordo com imagens divulgadas pelo CMA, foi possível observar uma vasta destruição do solo (Reprodução/Internet)

Victória Sales – Da Revista Cenarium

MANAUS – Um garimpo ilegal foi desmontado na área entre os rios Uraricoera e Parima, localizados no município de Alto Alegre (distante 72 quilômetros de Boa Vista, em Roraima), na última terça-feira, 9.

A operação foi realizada pelo Exército Brasileiro, em conjunto com militares do 4º Pelotão de Fronteira de Surucucu (RR), da Força Aérea Brasileira (FAB), agentes da Polícia Federal (PF) e do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).

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De acordo com imagens divulgadas pelo Comando Militar da Amazônia (CMA), foi possível observar uma vasta destruição do solo, realizada pelos garimpeiros. Além disso, os responsáveis apreenderam ouro e munições no local.

O 7º Batalhão de Infantaria da Selva informou que todos os materiais apreendidos foram repassados à PF para que sejam tomadas as medidas administrativas cabíveis.

Garimpo liberado

Em fevereiro deste ano, o governador do Estado de Roraima, Antonio Denarium (sem partido), assinou um projeto de lei para liberar o garimpo no local. O projeto foi aprovado pela comissão especial da Assembleia Legislativa de Roraima (Ale-RR). A PL 201/2020, enviada à assembleia no dia 22 de dezembro de 2020, pedia a liberação da lavra garimpeira no Estado “independente de prévios trabalhos de pesquisa”.

Moradores de Roraima afirmam que já estão percebendo a mudança na cor da água utilizada por eles. “A situação está tão crítica que a nossa água não está mais a mesma, ela ficou escura e sem condições de uso e ninguém faz nada, o rio Branco está ficando barrento. Os garimpeiros estão cada vez mais acabando com as nossas riquezas”, lamentou um morador que preferiu não se identificar.

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