Paraense denuncia racismo contra filha de 8 anos durante festival em Portugal

Imagem ilustrativa (Tomaz Silva/Agência Brasil)
Daleth Oliveira – Da Revista Cenarium Amazônia

BELÉM (PA) – Uma criança de 8 anos foi vítima de racismo durante o festival Lisbon International Music Network (MIL), em Portugal. A paraense Viviane Rodrigues, mãe da menina, contou o ocorrido nas redes sociais e registrou denúncia na polícia do País.

Viviane relata que, enquanto a sua filha brincava com outra menina, também negra, um dos participantes acusou a menina de roubar seu cartão de crédito, chegando a arrastar a pequena pelo braço. O caso ocorreu na última sexta-feira, 27.

Olhei para o garçom e ele falou ‘tem um homem correndo atrás da sua filha’. A amiguinha dela, de cinco anos, falou: ‘ele está dizendo que ela pegou uma coisa que ela não pegou’. Eu saí correndo gritando até que eu ouvi a voz dela chorando e chamando ‘mamãe’. Foi quando eu abri um dos galpões e um homem estava com ela. Ele puxou minha filha pelo braço e a arrastou lá pra dentro“, relatou.

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Polícia acionada

Ao se aproximar do homem, Viviane disse que os dois começaram a brigar, e ao entender que o ocorrido se tratava de um caso de racismo, decidiu chamar a polícia. “Minha filha estava aos prantos, desesperada, dizendo: ‘mãe eu corri muito dele, ele vinha atrás de mim, eu me escondia. E quando eu não consegui mais me esconder ele me pegou pelos braços’.

Apesar da polícia ter sido acionada, o homem não foi preso. Segundo a paraense, os agentes afirmaram que não houve flagrante. O acusado de racismo também era policial.

Festival se manifesta

Após a repercussão, o MIL emitiu comunicado afirmando que não tolera qualquer forma de discriminação e chamou o caso de “preconceito racial”.

Um delegado (participante) internacional agarrou e interpelou com violência uma criança negra de oito anos, filha de outro delegado (participante), que brincava num espaço supostamente seguro. Alegou que a criança teria aberto e mexido na sua mala e evidenciou que essa sua convicção partia de preconceito racial“, diz a nota.

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Editado por Jefferson Ramos
Revisado por Adriana Gonzaga
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