Perfil científico e menos ideológico de novo ministro da Educação desagrada bolsonaristas; Decotelli tem formação na Europa

Carlos Decotelli é ex-presidente do FNDE (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação)/ Foto: Reprodução: Internet

Da Revista Cenarium*

BRASÍLIA – O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) anunciou o ex-presidente do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), Carlos Decotelli para ser ministro da Educação nesta quinta-feira, 25.

“Informo a nomeação do Professor Carlos Alberto Decotelli da Silva para o cargo de Ministro da Educação. – Decotelli é bacaharel em Ciências Econômicas pela UERJ, Mestre pela FGV, Doutor pela Universidade de Rosário, Argentina e Pós-Doutor pela Universidade de Wuppertal, na Alemanha”, disse o presidente.

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Mais cedo, Bolsonaro comunicou Renato Feder, secretário de Educação do Paraná, de que ele está fora do páreo. O secretário se reuniu ao menos duas vezes com o presidente, um dos motivos que levaram o secretário a desidratar na bolsa de apostas, foi o fato de ele ter sido um dos doadores da campanha de João Doria (PSDB-SP) ao governo de São Paulo em 2018.

Contrariados

Reportagem da Revista Veja deu conta de que o nome de Decotelli desagradou a chamada ala ideológica do governo. O vereador licenciado Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ), o filho Zero Dois do presidente Jair Bolsonaro, foi um dos mais contrariados com o candidato à pasta da Educação. Carlos não gostou do “jeitão” de Decotelli, que estaria sendo “simpático demais com a imprensa”.

Já Feder secretário do governador Ratinho Júnior (PSD) seria “ingênuo” e não “compreende a doutrinação” implantada pela esquerda dentro das escolas brasileiras, segundo o filho do presidente. Já Decotelli comandou o FNDE de fevereiro de 2019 até agosto do ano passado. Ele tem o apoio na ala militar do governo, principalmente de almirantes.

Já o Jornal Estadão publicou matérias informando que Feder é de uma ala ligada a um grupo menos conservador do presidente Jair Bolsonaro, mas voltado ao debate com grupos representativos de entidades de classe e mais aberto a estudos sociológicos, uma diretriz bastante criticada pelos bolsonaristas.

(*) Com informações da Folhapress, Veja e Estadão

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