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PF cumpre mandado de busca e apreensão na casa do ex-senador Romero Jucá em Roraima
Os mandados foram expedidos pela 4ª Vara Federal Criminal da Justiça Federal de Roraima. (Divulgação)
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23 de novembro de 2022
Da Revista Cenarium
MANAUS – A Polícia Federal (PF) deflagrou na manhã desta quarta-feira, 23, a “Operação Imhotep“, que investiga um esquema de corrupção e fraudes em convênios em diversos municípios do Estado de Roraima. Estão sendo cumpridos 22 mandados de busca e apreensão em RR, São Paulo e Distrito Federal, inclusive, na casa do ex-senador Romero Jucá, em Boa Vista (RR).
De acordo com a PF, o ex-senador Romero Jucá é suspeito de participar de um esquema de recebimento de propinas pagas por três empresas de engenharia, que também estaria beneficiando servidores públicos que ajudavam nos crimes. O dinheiro seria repassado ao ex-senador por meio de familiares e de empresas de que são sócios.
Ainda segundo a PF, há indícios de que o ex-senador interferiria diretamente nos convênios em que ele conseguia a aplicação dos recursos federais, do mesmo modo que pagamentos de emendas parlamentares obtidas por Romero eram bloqueados caso ele não recebesse sua parte.
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As empresas envolvidas seriam responsáveis pela execução de mais de R$ 500 milhões em convênios. Pelo menos, R$ 15 milhões foram pagos em propina, com base na investigação. Os mandados foram expedidos pela 4ª Vara Federal Criminal da Justiça Federal de Roraima.
(Fotos: Divulgação)
Esquema
Conforme informações já divulgadas pela imprensa, o esquema de corrupção e fraudes em convênios nos diversos municípios aconteceram entre 2012 e 2017 por meio do programa Calha Norte, voltado ao fomento do desenvolvimento da região Norte.
O inquérito foi aberto a partir do Relatório de Produção de Conhecimento do Tribunal de Contas da União (TCU) e revelou indícios de que uma organização criminosa que fraudava procedimentos nos convênios com prefeituras no Estado.
Os envolvidos vão responder por fraude em licitação, corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro e organização criminosa. As penas chegam a 35 anos de prisão.
Operação
O nome “Imhotep” faz referência a um grande engenheiro do Egito antigo que foi responsável pela construção de obras faraônicas, como a Pirâmide de Djoser.
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