PF destrói máquinas usadas para desmatar terra indígena no Pará

A origem da madeira ainda está sendo investigada, mas há indícios de que é de terra indígena (Ascom/PFPA)
Daleth Oliveira – Da Revista Cenarium

BELÉM (PA) – A operação Dorothy Stang, da Polícia Federal (PF), foi deflagrada no último sábado, 15, no município de Anapu e nas proximidades da Terra Indígena Trincheira Bacajá, no sudoeste do Pará. O objetivo da ação foi combater a extração e o transporte irregular de madeira proveniente do desmatamento ilegal na floresta amazônica.

Em parceria com a Polícia Rodoviária Federal (PRF) e o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), cerca de 20 agentes públicos participaram da operação. Ao final, foram inutilizados seis caminhões e uma carregadeira devido à impossibilidade de remoção dos equipamentos do local. Os veículos foram flagrados transportando ilegalmente madeira, causando danos irreparáveis ao meio ambiente.

Madeiras foram apreendidas e caminhões destruídos (Ascom/PFPA)

A origem da madeira ainda está sendo investigada, mas há indícios de que possa ter sido extraída ilegalmente da Terra Indígena Trincheira Bacajá. Isso agrava o crime, considerando a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que determina a expulsão e responsabilização dos invasores que praticam desmatamento e extração de madeira ilegal em terras indígenas.

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Dois indivíduos foram conduzidos à delegacia para prestar depoimento às autoridades policiais e assinaram o Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO).

Desmatamento ilegal no sudoeste do Pará (Ascom/PFPA)

A operação recebe o nome em memória da irmã Dorothy Stang, uma religiosa americana naturalizada brasileira que se tornou símbolo da luta pela preservação ambiental e desenvolvimento sustentável na Amazônia. Dorothy foi assassinada em Anapu em fevereiro de 2005.

Leia também: Operação da PF combate crimes ambientais no Acre
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