Garimpo ilegal desmata área de 118 campos de futebol em RO e AM

Área desmatada na Amazônia (Reprodução/Kathas Fotos/Pixabay)
Da Revista Cenarium*

Porto Velho (RO) – Agentes da Polícia Federal (PF), com servidores do Instituto Chico Mendes de Preservação da Biodiversidade (ICMBio), desarticularam uma estrutura de garimpo ilegal de cassiterita em uma região de divisa entre os Estados de Rondônia e do Amazonas. No local, foi encontrada uma área de devastação de 118 hectares, cujo tamanho equivale a 118 campos de futebol.

O delegado da Superintendência da Polícia Federal em Rondônia Thiago Peixe explicou que o local foi localizado por meio do sistema de monitoramento via satélite, associado às denuncias da população. A operação foi deflagrada na última quinta-feira, 29, e encerrou nesse domingo, 2.

“É uma região distante tanto das unidades de policiamento de Rondônia, quanto do Amazonas, uma espécie de zona cinzenta, onde só conseguimos chegar com a ajuda das aeronaves”, diz sobre os equipamentos disponibilizados pelo ICMBio.

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Agentes da PF e do ICMBio destruíram dez áreas de acampamento utilizadas pelos garimpeiros (Divulgação/Polícia Federal)

Segundo o delegado, com a aproximação das aeronaves ao local, os garimpeiros fugiram e se esconderam na mata para evitar o flagrante. O garimpo ilegal atuava em uma área do Parque Nacional Campos Amazônicos e da Terra Indígena Tenharim Marmelos.

A operação, chamada pela PF de “Retomada”, contou com a participação de 20 policiais federais, além de oito servidores do ICMBio. No local, foram identificadas a extração ilegal de cassiterita, de onde é extraído estanho.

Segundo Peixe, esse tipo de garimpo ilegal causa graves prejuízos ambientais. Além do desmatamento, há ainda o risco de contaminação por combustível e substâncias tóxicas usadas na resumidora, equipamento que separa o minério da terra.

Agentes da operação destruíram duas escavadeiras hidráulicas usadas pelos garimpeiros (Divulgação/Polícia Federal)

“Na região, há rios de menor volume que alcançam rios maiores, e os próprios buracos escavados na mineração representam um risco à contaminação do lençol freático”, explica o delegado.

Prejuízo

Na estrutura utilizada pelos garimpeiros havia dez áreas de acampamento onde foram encontradas duas escavadeiras hidráulicas, 11 motores de dragagem, quatro geradores de energia elétrica e oito veículos, entre motocicletas e caminhonetes. Toda a estrutura foi destruída pela polícia que estima um prejuízo de R$ 8 milhões à organização criminosa.

(*) Com informações da Agência Brasil
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