Plano de Demissão Voluntária na Eletrobras tem adesão de 2.500 funcionários, diz agência

O grupo Eletrobras conta, hoje, com cerca de 10,5 mil empregados e reduziria o quadro para cerca de 8.000 colaboradores com o primeiro PDV da empresa após sua privatização (Brendan McDermid/Reuters)

RIO DE JANEIRO – A Eletrobras já conseguiu adesão de cerca de 2.500 funcionários ao Plano de Demissão Voluntária (PDV) lançado em 31 de outubro e estuda a possibilidade de um novo programa, em 2023, para atingir o número de trabalhadores que considera ideal para aumentar a eficiência, disse à Reuters uma fonte da empresa.

O primeiro PDV da Eletrobras privatizada abrangeu todas as empresas do sistema (Eletrosul, Chesf, Eletronorte e Furnas), com aproximadamente 2.300 trabalhadores elegíveis ao plano, focado em funcionários aposentados pela previdência oficial ou aqueles que estavam prestes a se aposentar.

Liminares judiciais, contudo, estão barrando o PDV em três bases de Furnas — Rio de Janeiro, Angra dos Reis e São Paulo —, disse a Eletrobras, recentemente, acrescentando que busca reverter, na Justiça, as decisões que envolvem 345 adesões. Para as demais empresas e outras bases de Furnas, o PDV está mantido em sua íntegra.

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O segundo Plano de Demissão Voluntária poderia envolver até 20% do quadro remanescente (Reprodução)

Os desligamentos previstos no PDV, que tem um custo estimado de R$ 1 bilhão, devem ocorrer entre dezembro deste ano e abril de 2023.

Uma consultoria vem trabalhando com a Eletrobras em estudos para “otimização” do quadro de empregados.

“Já houve adesão de, aproximadamente, 2.500 nesse primeiro PDV, e há espaço para um outro, em maio de 2023”, disse a fonte com conhecimento do assunto, que pediu para não ser identificada.

O segundo PDV pode ser focado em funcionários não aposentados e estará incorporado dentro de uma nova estrutura organizacional que está sendo montada, tendo como um dos pilares a maior automação e tecnologia.

O grupo Eletrobras conta, hoje, com cerca de 10,5 mil empregados e reduziria o quadro para cerca de 8.000 colaboradores com o primeiro PDV da empresa após sua privatização.

O segundo Plano de Demissão Voluntária poderia envolver até 20% do quadro remanescente.

“A leitura é que o número final e ideal da companhia fique entre 7.000 e 7.500 colaboradores. Para o tamanho da companhia, não é muita gente. Se a empresa conseguir esse número, ela será a mais eficiente do setor, com menor custo por megawatt gerado e por megawatt transmitido”, disse a fonte.

Procurada, a companhia não comentou o assunto imediatamente.

(*) Com informações da Folhapress
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