Policlínica Codajás realiza acompanhamento em saúde para população trans privada de liberdade

Criado em setembro de 2017, com 24 pacientes, o projeto 'Processo Transexualizador' atende, hoje, cerca de 600 usuárias (Reprodução/Islânia Lima)
Da Revista Cenarium*

MANAUS – Pacientes trans privadas de liberdade receberam atendimento em consultas e exames no ambulatório de Diversidade Sexual da Policlínica Codajás, órgão vinculado à Secretaria de Estado em Saúde (SES-AM), do Governo do Estado do Amazonas, na sexta-feira, 14. Entre as ações, elas tiveram o nome social incluso no registro do Sistema Único de Saúde (SUS), atendimento ginecológico, testes rápidos de HIV, Hepatite B e C, Sífilis, exame físico completo, atendimento à saúde bucal, consulta psicológica, dentre outros procedimentos ambulatoriais.

A coordenadora do Ambulatório de Diversidade e Gêneros, ginecologista Dária Neves, explica que o atendimento das mulheres transexuais privadas de liberdade é fundamental, pelo acolhimento. “Temos uma parceria com a Seap e o Ministério Público, onde resultou este acompanhamento. É fundamental fazer a inclusão delas ao ambulatório, para que no momento em que estiverem em liberdade, elas darem continuidade no acompanhamento em saúde conosco”, declarou.

O diretor da Policlínica Codajás, o fisioterapeuta Rainer Figueiredo, ressalta que o Ambulatório, hoje, tem cerca de 600 usuários e usuárias LGBTQIAP+ com cadastro fixo; e para 2023, a meta é que o número de usuários possa dobrar.

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Entre as ações, elas tiveram o nome social incluso no registro do Sistema Único de Saúde (SUS) (Reprodução/Islânia Lima)

Ele explica que planejamentos estão sendo feitos para melhorar, cada vez mais, atendimentos, consultas e exames com a equipe multidisciplinar. “Nosso atendimento é porta aberta e trabalha toda inclusão e acolhimento para o público LGBTQIAP+. Nossa equipe, formada por ginecologistas, endocrinologistas, fonoaudiólogas, psicólogas, enfermeiras e técnicas estão à disposição de toda a população”, finalizou.

Ambulatório

Criado em setembro de 2017, com 24 pacientes, o projeto “Processo Transexualizador” atende, hoje, cerca de 600 usuários e usuárias fixas, que recebem atendimento e acompanhamento por uma equipe multidisciplinar formada por enfermeiras, assistentes sociais, psicólogos, ginecologistas, fonoaudiólogos, endocrinologistas, dentre outras especialidades.

Acolhimento

Entre os atendimentos prestados, na equipe de enfermagem a paciente recebe toda a orientação para tramitação do nome social, descrito no cartão do Sistema Único de Saúde (SUS). Na psicologia, a paciente tem consultas individuais e personalizadas. E no setor de ginecologia, endocrinologia e fonoaudiologia é realizado o manejo hormonal e acompanhamento da mudança de voz.

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