Pré-candidato ao Governo do AM, senador Eduardo Braga enfrenta ‘debandada’ e pouca adesão em evento político

Evento contou apenas com a presença de dois prefeitos e dois ex-prefeitos do interior do Estado, além de três ex-deputados (Divulgação/Ascom Eduardo Braga)
Bruno Pacheco – Da Revista Cenarium

MANAUS — De nome e histórico de “peso” quando o assunto é aliança parlamentar, o senador Eduardo Braga (MDB) tem enfrentado debandada de aliados e obtido pouco apoio de políticos do Amazonas para as eleições deste ano. No sábado, 14, em um evento municipal do partido marcado por um pedido de aplausos ao ex-governador Amazonino Mendes (Cidadania), Braga contou apenas com a presença de dois prefeitos e dois ex-prefeitos do interior do Estado, além de três ex-deputados.

Braga chegando ao evento do MDB (Reprodução)

O presidente da Associação Amazonense dos Municípios (AAM) e prefeito de Manaquiri, Jair Souto (MDB), o prefeito de Manacapuru, Beto D’Ângelo, o ex-prefeito de Tapauá Zezito, o ex-prefeito de Silves Aristides Queiroz e os ex-deputados Francisco Souza, Nelson Azedo e Thomé Mestrinho foram os políticos que compareceram ao evento para apresentar o empresário e pré-candidato a deputado federal Jesus Alves como presidente municipal do Movimento Democrático Brasileiro (MDB).

Empresário Jesus Alves é reconduzido para a presidência municipal do MDB (Reprodução)

Na solenidade, realizada na sede da sigla, no bairro Parque 10, zona Centro-Sul de Manaus, Braga afirmou que o partido inicia uma nova fase, destacou que o MDB está renovado e que conta com “pessoas com novas ideias e novos projetos”.

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“É uma renovação no MDB, é um recomeço em Manaus. Novos candidatos, novos nomes. Nós procuramos priorizar aqueles que ainda não tiveram mandatos e que representam, portanto, uma força emergente”, declarou Braga, ao chegar no evento.

Os aplausos a Amazonino também partiram do senador, mesmo que o ex-governador seja pré-candidato ao cargo em que Eduardo Braga também é apontado como possível postulante: ao governo do Estado.

“Aprendi com o Amazonino, a quem peço uma salva de palmas. Aprendi com os acertos e com os erros”, diz trecho da fala de Eduardo Braga, que marcou a convenção municipal e surpreendeu políticos e públicos presentes no ato. O comentário, apesar de ambos andarem em lados opostos, tem sido visto como uma aliança entre os políticos, já que o senador ainda não oficializou sua pré-candidatura.

Momento em que Eduardo Braga pede aplausos a Amazonino (Reprodução)

Apoio

Eduardo Braga encara uma forte “queda de braço” com adversários na busca por alianças. O partido Republicanos, por exemplo, que costumava apoiar o político amazonense em eleições anteriores, não seguiu junto com o senador neste ano. A sigla, focada em eleger deputados, segue uma recomendação nacional para que os diretórios estaduais mantenham uma posição independente em relação a candidaturas de governadores no País.

O encontro do governador Wilson Lima (União Brasil) com o presidente nacional do Republicanos, Marcos Pereira (SP), em março deste ano, deixou explícito a ruptura de Braga com a sigla ligada à Igreja Universal do Reino de Deus (Iurd) e Assembleia de Deus. O deputado e pastor Silas Câmara, presidente do Republicanos no Amazonas, deve continuar ao lado de Braga. Mesmo com o possível elo mantido, Câmara não compareceu ao evento político do MDB.

Leia também: Senador Eduardo Braga usa relógio de mais de R$ 1 milhão e repercute nas redes sociais

Nas eleições majoritárias de 2014 e 2017, Eduardo Braga sofreu derrotas consecutivas. Em 2014, Braga perdeu a disputa para Governo do Amazonas para José Melo, cassado por compra de votos dois anos depois. Em 2017, em eleição suplementar para mandato “tampão”, Braga saiu derrotado novamente, mas desta vez por Amazonino Mendes. Em 2018, por outro lado, o político foi reeleito senador.

À época, a deputada estadual Alessandra Campelo (atual PSC e ex-MDB) e o professor, ex-deputado federal e ex-vereador de Manaus Gedeão Amorim (atual Avante e ex-MDB) eram alguns dos políticos que estavam ao lado do então candidato a reeleição ao Senado.

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