Prefeitos do AM vão receber orientação para captar recursos do Fundo Amazônia

Adrisa De Góes – Da Revista Cenarium

MANAUS (AM) – Após o Comitê Orientador do Fundo Amazônia (Cofa) decidir que os municípios pertencentes à Amazônia Legal vão poder receber recursos do Fundo Amazônia por meio de projetos de preservação, o presidente da Associação Amazonense de Municípios (AAM), Anderson Sousa, disse que a organização vai incentivar a participação das cidades no mecanismo de captação.

A declaração foi enviada à REVISTA CENARIUM nesta quinta-feira, 27. De acordo com o dirigente, a entidade prepara um corpo técnico para atuar na orientação e apoio aos 62 prefeitos dos municípios do Amazonas.

“Estou organizando uma equipe para orientar todos os municípios. Os projetos serão definidos nos oito eixos de programas. Tão logo saia o edital, iremos nos habilitar”, afirmou Sousa, que também é prefeito de Rio Preto da Eva (distante 57 quilômetros de Manaus).

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Entre os oito eixos definidos pelo Cofa para orientar os investimentos estão iniciativas relacionadas à bioeconomia; ao fortalecimento da governança ambiental por meio da regularização fundiária; à destinação de florestas públicas para conservação e uso sustentável; ao aprimoramento das capacidades de prevenção e controle do desmatamento.

Reversão

Para o ambientalista e geógrafo Carlos Durigan, coordenador do WCS Brasil (Associação Conservação da Vida Silvestre, em tradução livre), é essencial a resolução para que o Fundo Amazônia aumente a capilaridade e alcance o nível da gestão pública dos municípios da região amazônica.

“Para que consigamos reverter o quadro de degradação socioambiental e, ainda, desenvolver uma agenda positiva de construção de iniciativas sustentáveis na região, é preciso este engajamento pleno. Os recursos e a orientação do Fundo Amazônia podem contribuir nisso”, disse à CENARIUM.

Recursos

O Fundo Amazônia desempenha papel central no apoio às ações necessárias à reversão das novas tendências de desmatamento identificadas pelo Plano de Ação para Prevenção e Controle do Desmatamento na Amazônia Legal (PPCDAm). Atualmente, o mecanismo conta com R$ 3,9 bilhões em caixa, doados pela Noruega e pela Alemanha.

Desde janeiro, o fundo recebeu novas doações, de outros países, que somam R$ 3,2 bilhões. A captação de recursos, que vem também da Petrobras, só ocorre se for comprovada a redução do desmatamento.

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