Região Norte registra quase 6 milhões de inadimplentes no Brasil; média das dívidas é de R$ 4.493,31

Mapa da Inadimplência e Renegociação de Dívidas da Serasa registrou 69,4 milhões endividados no último mês de 2022 (Divulgação/ EBC)
Gabriel Abreu – Da Revista Cenarium

MANAUS – A Serasa divulgou nesta quarta-feira, 25, o número de brasileiros inadimplentes no País. Os dados tiveram redução em dezembro. De acordo com o Mapa da Inadimplência e Renegociação de Dívidas da Serasa, 69,4 de pessoas tinham débitos a pagar em dezembro de 2022. Desse total, 5.850.792 de pessoas estão nos sete Estados da Região Norte. Pará e Amazonas são os que concentram a maior parte dos endividados.

O cartão de crédito continua sendo maior vilão, com 28,7% das dívidas, seguido pelas Contas Básicas (22,25%) e pelo setor de varejo [supermercado ou roupas] (11,47%). Se somadas, o valor de todas as dívidas ultrapassou a quantia de R$ 1.954.671.195,76, em dezembro passado, na Região Norte. O valor médio das dívidas de cada inadimplente passou a ser de R$ 4.493,91.

São quase 4 milhões de pessoas com dívidas no Pará e Amazonas, Estados mais populosos da região. Já Acre e Roraima concentram o menor número de pessoas com dívidas pendentes: juntos, ambos registram quase 500 mil pessoas.

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Dados dos inadimplentes nos sete Estados da Região Norte (Mateus Moura/Revista Cenarium)

As principais causas para a queda na inadimplência em dezembro foram o pagamento do 13º salário e as negociações do Feirão Serasa Limpa Nome, que disponibilizou mais de 250 milhões de ofertas. Com descontos de até 99%, a ação permitiu que 8,4 milhões de acordos fossem fechados entre novembro e dezembro – o maior número de negociações da história da Serasa. O volume de descontos concedidos no período chegou a mais de R$ 10 bilhões.

Ao longo de 2022 promovemos inúmeras ações para ajudar o consumidor a recuperar crédito no mercado”, lembra Aline Maciel, gerente da plataforma Serasa Limpa Nome. “O Feirão, ápice dessas ações, estimulou que parte do 13º Salário fosse usado pelos brasileiros para pagar dívidas, reorganizar as finanças, reestabelecer a saúde financeira e retomar crédito”, completa Aline.

A plataforma da Serasa mostrou que as mulheres são as que mais renegociaram suas dívidas em dezembro, com 53,3%. Em relação à faixa etária, consumidores de 31 a 40 anos lideraram o pagamento de dívidas, com 30,6%. Inadimplentes de 41 a 50 anos vêm em seguida, com 19,3% de acordos fechados. A Geração Z, formada por jovens de até 25 anos, representa 18,8% do total de negociações feitas em dezembro.

Consumidores de 31 a 40 anos lideraram o pagamento de dívidas, com 30,6% (Ricardo Oliveira/Revista Cenarium)

Dicas para organizar as contas:

Que tal aproveitar as dicas da reportagem e começar o ano com o nome limpo? No site da Serasa, a plataforma dá dicas de como organizar as contas, aproveitando que o ano de 2023 está iniciando.

Confira abaixo algumas delas:

Adote uma planilha financeira

Quando se trata da vida financeira, organização nunca é demais. Não há como se organizar financeiramente sem ter controle sobre os gastos. Quem conta apenas com a memória para visualizar as contas do mês acaba sendo surpreendido com algum boleto não planejado ou já precisou pagar multa por esquecer do vencimento de uma conta. 

Não deixe de anotar todos os gastos (até o cafezinho), os compromissos financeiros assumidos e comparar esses custos com o dinheiro que entra mensalmente. Você pode continuar fazendo essas anotações em uma caderneta, se esse método estiver funcionando, mas adotar uma planilha de gastos facilita muito a organização. 

Planeje gastos

O item anterior ajuda a cumprir este próximo passo. Ao colocar os seus gastos futuros no papel, você já se prepara com antecedência para aqueles boletos de valor considerável que não aparecem todo mês, como IPTU, IPVA ou a renovação do seguro do carro.  

Renegocie dívidas

Se você tem dúvidas de como se organizar financeiramente para sair do vermelho, essa precisa ser sua prioridade número um. Mesmo que você não tenha dinheiro para quitar completamente o que está devendo, é possível renegociar as dívidas e adaptar esse pagamento para a sua atual realidade financeira. Você pode negociar diretamente com os credores ou buscar intermediários como a Serasa. Deixar as dívidas correrem só aumentará o problema. 

Tenha uma reserva

No cenário ideal, por menor que seja o seu salário, uma parte dele deve ser poupada. Criar uma reserva de emergência, mesmo que no começo seja pequena, traz tranquilidade e evita o pedido de empréstimos emergenciais, que sempre vêm acrescidos de juros. Dessa forma, você poderá bancar os gastos quando surgir algum imprevisto, como o conserto do carro ou uma manutenção emergencial em casa.  

Saiba economizar

Para cumprir com o item anterior e conseguir poupar, é provável que você precise reorganizar hábitos. Mesmo que aparentemente não exista nenhum gasto que possa ser completamente cortado, é possível desembolsar um pouco menos fazendo as mesmas coisas, ao adotar pequenos ajustes no dia a dia

Crie uma renda extra

Avaliar novas formas de aumentar a receita doméstica é uma boa saída para quem quer fazer a reserva crescer mais rápido ou chegou à conclusão de que as dívidas vão demorar muito tempo para ser pagas só com o salário do mês. As possibilidades são muitas: você pode revender produtos, comercializar uma especialidade gastronômica ou até alugar um quarto da casa. Dependerá dos seus talentos e da estrutura à sua disposição. 

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