Rússia confirma primeiro ataque com míssil hipersônico contra a Ucrânia

Aviador verifica um caça MiG-31 da Força Aérea Russa antes de um voo com o Kinzhal durante um exercício (Reprodução/ Reuters)

Com informações do Infoglobo

MOSCOU – O Ministério da Defesa da Rússia afirmou neste sábado, 19, que o país realizou o primeiro ataque utilizando mísseis hipersônicos contra a Ucrânia. A ofensiva ocorreu com o intuito de destruir um local de armazenamento de armas no Oeste do país, segundo o próprio governo russo. Um outro ataque russo matou dezenas de soldados ucranianos em um quartel militar em Mykolaiv, no Sul da Ucrânia. Uma autoridade ucraniana disse ao New York Times que mais de 40 militares ucranianos morreram.

“O sistema de mísseis de aviação Kinjal, com mísseis balísticos hipersônicos, destruiu uma grande instalação subterrânea de armazenamento de mísseis e munição de aviação das tropas ucranianas em Delyatin, região de Ivano-Frankovsk”, disse Igor Konashenkov, porta-voz do ministério. A afirmação, porém, não pôde ser verificada de forma independente.

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O Khinjal, modelo usado no ataque e chamado por Putin de “arma ideal”, tem capacidade para atingir um alvo a mais de 2 mil quilômetros de distância. Konashenov informou ainda que as forças russas utilizaram o sistema de mísseis antinavio Bastion para atacar instalações militares ucranianas perto do porto de Odessa, no Mar Negro.

A agência de notícias russa Interfax disse que foi a primeira vez que a Rússia usou o sistema hipersônico Kinjal desde que enviou suas tropas para a Ucrânia em 24 de fevereiro.

Uma autoridade militar da Ucrânia confirmou que houve um ataque a mísseis no local ao jornal ucraniano Ukrainskaya Pravdaa. No entanto, Yurii Ihnat, porta-voz da Força Aérea da Ucrânia, disse que ainda não foi confirmado se os mísseis eram realmente do modelo Khinjal.

Mísseis hipersônicos podem voar na atmosfera superior a mais de cinco vezes a velocidade do som. Esse tipo de míssil é considerado mais manobrável do que os convencionais, tendo maior capacidade de escapar de interceptações feitas por defesas aéreas.

Em novembro do ano passado, o Exército russo anunciou que teve sucesso em um teste do míssil de cruzeiro hipersônico Zircon. Além da Rússia, também China, EUA e pelo menos cinco outros países estão trabalhando na tecnologia de mísseis hipersônicos.

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