Secretaria de Saúde descarta casos de difteria em Roraima

Os sintomas incluem dor de garganta, gânglios inchados no pescoço, palidez, fraqueza e febre leve. (Reprodução/ Internet)
Bianca Diniz – Da Revista Cenarium

BOA VISTA – A Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) de Roraima descartou a suspeita de três casos de difteria nessa quinta-feira, 6, após resultados liberados pelo Instituto Adolfo Lutz, de São Paulo. A doença tem afetado cidades da Venezuela, gerando preocupação na população e nas autoridades de saúde do Estado.

Durante o período de 21 a 29 de março, três casos suspeitos de difteria foram notificados em Roraima. O primeiro caso foi registrado em 21 de março e envolveu um paciente do sexo masculino da comunidade indígena Ericó, localizada na Terra Indígena Yanomami. Em 28 de março, uma menina de 3 anos, da cidade venezuelana de Bolívar e atendida pela equipe do Médicos Sem Fronteiras, apresentou sintomas da doença.

No dia seguinte, o pai da paciente notificada também foi avaliado por uma equipe médica do município de Pacaraima. Além desses casos, há um quarto caso em investigação de uma paciente do município de Amajari, distante 120 quilômetros de Boa Vista.

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Sesau descarta casos da doença em Roraima. (Reprodução/Sesau)
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Em alerta

A Coordenadoria-Geral de Vigilância em Saúde (CGVS) de Roraima recomendou uma série de ações para que os municípios mantenham o monitoramento dos casos suspeitos de difteria. Entre as orientações, estão a notificação e investigação imediata dos casos, com o objetivo de garantir um manejo clínico adequado e a busca ativa seletiva de vacinação na área de residência, trabalho, escola e creche do caso suspeito. 

Além disso, a CGVS também afirma que é fundamental buscar ativamente outros casos suspeitos na área de residência, escola, creche e trabalho, assim como investigar os comunicantes, verificando a situação vacinal e aplicando a quimioprofilaxia, se necessário. A coordenadoria ainda alerta para a importância de atualizar a carteira de vacinação dos profissionais de saúde que estão na linha de frente do atendimento à população, tanto em estabelecimentos públicos quanto privados.

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Sobre a doença

De acordo com o Ministério da Saúde (MS), a difteria é uma doença infecciosa grave causada pela bactéria Corynebacterium diphtheriae. A pasta afirma que é fundamental estar atento aos sintomas e buscar atendimento médico imediato para evitar complicações. Os sintomas incluem dor de garganta, gânglios inchados no pescoço, palidez, fraqueza e febre leve.

A bactéria responsável pela difteria geralmente se instala nas amígdalas, faringe, laringe, fossas nasais e, às vezes, em outras áreas do corpo, como pele e mucosas. Os pacientes infectados apresentam placas de cor branca acinzentada, que podem variar em tamanho e localização, mas que frequentemente causam dor de garganta. Nos casos mais graves, a doença pode levar ao surgimento de inchaços no pescoço e gânglios linfáticos, que conferem um aspecto de pescoço taurino.

Nota

De acordo com uma nota enviada à REVISTA CENARIUM, a Sesau informou que Roraima possui doses suficientes de vacina para imunizar sua população em caso de surto de difteria. Mesmo a cobertura vacinal no Estado ainda não atingindo a meta estabelecida pelo Ministério da Saúde, com apenas 59,79% de cobertura em 2022, há ações para melhorar o índice.

Mesmo assim, o Estado tem realizado ações para melhorar esses indicadores. É importante ressaltar que as vacinas estão disponíveis em todos os municípios de Roraima, nos postos de saúde das prefeituras”, informou.


Em 2022, o Estado tinha apenas 59,79% de cobertura vacinal contra a difteria. (Reprodução/ Agência Brasil)
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