Servidores municipais de Belém cobram reajuste salarial em greve

Daleth Oliveira – Da Revista Cenarium Amazônia

BELÉM (PA) – Os servidores da Fundação Papa João 23 (Funpapa), da Prefeitura de Belém, iniciaram o primeiro dia de interrupção das atividades nesta segunda-feira, 28, para negociar as reivindicações feitas pela categoria. A comissão do Sindicato das Trabalhadoras e Trabalhadores do Sistema Único da Assistência Social (Sintsuas), representante dos servidores em questão, se reuniu com a gestão municipal, porém sem sucesso.

A reivindicação central dos funcionários é o realinhamento da carreira. A administração municipal afirma que, “devido à queda na arrecadação de receita de impostos no município, não pode, até o fim deste ano, apresentar uma proposta concreta”. A resposta não foi aceita pelos trabalhadores.

O secretário de Controle, Integridade e Transparência de Belém (Secont), Luiz Araújo, se comprometeu em verificar junto à presidência da Funpapa alternativas para melhorar as condições estruturais das unidades do órgão que estariam inviabilizando o trabalho dos servidores, demanda essa também reivindicada pela categoria.

“Reconhecemos sempre o direito dos servidores de reivindicar e de entrar em greve. Apesar da diminuição da arrecadação do município, estamos buscando maneiras de manter os serviços municipais em funcionamento e os salários dos servidores em dia“, declarou o chefe da Secont durante a reunião. Ele acrescentou que “a greve não gera recursos, mas a administração continuará a respeitar o direito de greve e manterá o diálogo com os servidores“.

Funcionamento da Funpapa

Apesar da paralisação, a Funpapa mantém todos os seus locais de atendimento operacionais, incluindo a Central do Cadastro Único de Belém, embora alguns deles tenha funcionado com uma equipe reduzida. “Aqueles que não receberam atendimento, hoje, serão reagendados e atendidos conforme a necessidade e urgência”, disse a Prefeitura de Belém em um comunicado.

De acordo com o sindicato, a Central do Cadastro Único e os Centros de Referência de Assistência Social (Cras) estão operando com funcionários contratados, pois 100% dos servidores efetivos aderiram à greve.

(*) Com informações da Agência Belém

Editado por Pricila de Assis

Revisado por Adriana Gonzaga