Setembro Amarelo: escutar e acolher pode transformar vida de quem tem depressão

Setembro Amarelo ressalta a importância de abordar com sensibilidade os transtornos mentais e os sinais prévios ao suicídio (Reprodução/Assessoria)
Com informações da assessoria

MANAUS – O suicídio é a terceira causa de morte entre jovens de 15 a 29 anos. É também a sétima causa de morte de crianças entre 10 e 14 anos, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). Esses números alarmantes mostram a urgência do tema. Para lidar com a depressão, é preciso saber ouvir e compreender as formas de auxiliar quem está com a saúde mental fragilizada.

O movimento Setembro Amarelo é um convite para a reflexão sobre a importância de fazer parte de uma rede de apoio que possa ajudar quem precisa e incentivar a busca por auxílio aos mais de 18,5 milhões de brasileiros que convivem com os transtornos de ansiedade e os 11,5 milhões que tentam lidar com diferentes graus de depressão.

Para a psicóloga Natássia Santos, da Audimed Saúde, é de extrema relevância escutar na prevenção do suicídio, isso mostra respeito e empatia pela a dor do próximo.

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“O primeiro passo para ajudar a quem precisa é ter interesse em entender o motivo da campanha setembro amarelo, buscar compreender alguns fatores e características que levam uma pessoa a querer tirar sua própria vida. É entender que é uma questão de saúde pública, então vou começar a ficar mais atento com as pessoas ao meu redor como os familiares, amigos ou os colegas de trabalho”, destaca a psicóloga.

O segundo passo, conforme orienta Santos, é oferecer escuta para essa pessoa, ter empatia pela sua situação e com isso, movimentar-se para a busca de uma solução. “Não julgue seu sofrimento, baseado em seus aprendizados. Se você achar que não está conseguindo evoluir nesse apoio, busque orientações e repasse para essa pessoa os lugares onde ela pode conseguir ajuda profissional”.

Fatores

Depressão e suicídio são temas sensíveis no Brasil e, com a pandemia de Covid-19, houve um aumento significativo do número de casos. Os motivos vão desde o medo de contágio até o sentimento de perda e luto, fora o estresse causado pelos efeitos do confinamento.

“Não podemos diagnosticar ninguém por um sintoma ou outro. Tudo depende das suas queixas expostas. Porém, o que podemos identificar no comportamento é: observar se a pessoa evita se socializar, traz um discurso pessimista de desvalia, de desesperança, não apresenta interesse por atividades que antes fazia, desconsidera o autocuidado, perdeu algum familiar, está desempregado, foi diagnosticado com alguma doença terminal, está fazendo uso de álcool descontrolado e outras drogas”, revela Natássia.

É preciso se conscientizar, despir-se do preconceito e do conceito de que depressão é frescura, preguiça ou falta de trabalho.

“Foram estereótipos criados à margem de poucas informações e o preconceito é isso, a formulação de um pensamento sem conhecimento. Então, a melhor ferramenta para desmistificar esse rótulo é a informação”, pondera Santos, da Audimed.

Importância do profissional

O papel do psicólogo neste tipo de tratamento é encontrar meios de ajudar o paciente a se sentir melhor, orientando-o a buscar alternativas para amenizar o sentimento de dor, tristeza, pessimismo, desânimo e muitas outras características que permeiam a doença.

“Precisamos reforçar que psicólogo é um profissional que está apto a te escutar de forma profissional, sem julgamentos e trazer opções para solucionar suas queixas de acordo com o que lhe favoreça. Psicólogo não é para doido, o mesmo não prescreve medicação. Ele auxilia nos processos de adoecimento mental”, orienta.

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